Categoria: F1
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5 de dezembro de 2024 12:24

Exclusivo: Drugovich destaca importância do treino de amanhã para futuro na F1

O primeiro treino livre para o GP de Abu Dhabi, que encerra a temporada 2024 da Fórmula 1, contará com sete rookies em Yas Marina, entre eles o brasileiro Felipe Drugovich, que tomará parte da sessão pela Aston Martin. O piloto da equipe britânica vê na atividade uma oportunidade importante para buscar se manter na categoria para, no futuro, ter a oportunidade de se tornar titular.

Além da participação no treino em Abu Dhabi, Drugovich falou em entrevista exclusiva ao F1MANIA.NET sobre seus planos para a temporada de 2025, a participação em campeonatos de Endurance e sobre a decisão da Fórmula 2 deste final de semana, que envolve outro brasileiro, Gabriel Bortoleto.

Pergunta: Felipe, qual sua expectativa para este treino livre em Abu Dhabi?
Felipe Drugovich: Muito boa. Andei bem aqui ano passado e gosto muito do circuito e sempre tive bons resultados. Espero que neste ano isso se repita ou seja até melhor que o ano passado. Mas é importante fazer o trabalho da equipe. É um clichê, mas é sempre a mesma coisa, buscar fazer o trabalho que o time precisa e, no final, fazer algumas voltas rápidas e se divertir um pouco.

Pergunta: Você tem esse recorde de rookie com maior destaque no TL1. É algo que os chefes de equipe observam? E como as equipes avaliam o desempenho neste TL1?
FD: As equipes observam bastante, e relevam muita coisa também, logicamente. Vai de cada equipe o que eles vêm fazendo, principalmente a quantidade de combustível que cada um está usando. É muito diferente entre as equipes. Às vezes as equipes usam um piloto jovem como cobaia, não por mal, mas por ser um piloto puro, sem tanta experiência, e que pode dar um feedback mais puro do carro e de algumas coisas simples. Acho que muitos pilotos tentam impressionar nos treinos pois as equipes olham, mas, lógico, precisam olhar com um pé atrás também.

Pergunta: E quanto que um bom desempenho no treino livre pode ser importante para a sua carreira e para o seu futuro?
FD: Eu acho que pode ser muito positivo. Tomando em comparação o ano passado, foi uma das coisas que me colocou em boa posição para esse ano, seja para brigar por vagas ou para ficar muito bem na equipe. É uma das coisas que faz sentido seguir focando, pois é algo que ajuda para o futuro. Quero seguir bem representado no paddock.

Pergunta: Logo no seu ano de campeão, não houve renovação no grid. E agora há renovação. Isso te deixa na expectativa de que o sonho da F1 está para acontecer?
FD: No meu caso, é um pouco diferente. Meu ano de campeão já foi há algum tempo, então eu tenho que entrar na F1 como um bom piloto, e não como campeão da F2. Acho que o pessoal tem que ver que estou no ambiente da F1, treinando, fez testes esse ano e foi bem quando andou, e que não é velho ainda. Espero não ser considerado velho (risos). O approach muda um pouco, mas no final eu posso fazer o mesmo de antes: tentar manter a boa relação com todo mundo e fazer o melhor possível na pista.

Pergunta: O que você desenharia como cenário ideal para você e possível?
FD: Ano que vem eu quero seguir com um pé na F1, e vamos ver o que acontecer. Mas o plano é seguir mais um ano. Com a Aston Martin mesmo, não tem nada anunciado, mas seria o justo. E seguir fazendo corridas no Endurance, com outras categorias. Vamos ver qual será o plano principal para o ano que vem, pois não tenho nada assinado ainda. Mas corri em campeonatos de Endurance esse ano e que gostei muito. É algo que está crescendo cada vez mais. O (Kevin) Magnussen vai para o WEC também, então cada vez tem gente mais forte lá e o nível é alto. O Hypercar é muito legal. Vou fazer Daytona e tenho que ver a sequência da temporada.

Pergunta: E o Endurance te ajuda a manter no topo que a F1 precisa?
FD: Sim, é um carro que não exige muito fisicamente, o que é algo que, talvez, menos te mantenha preparado para a F1, mas, mentalmente, você está ligado 100% o tempo inteiro nesses carros. Há muita coisa para se pensar nessas corridas, não só com o motor híbrido como na F1, mas também posição, pneus, estratégia. É algo que te mantém preparado.

Pergunta: O Gabriel Bortoleto disputa a decisão da F2 neste final de semana. Você já passou por isso. Tem algo que você passou para ele?
FD: Ele está em um ponto em que não precisa mais de dicas. Eu acho que ele está em um momento muito positivo, e o Hadjar, não está neste momento. Ele precisa fazer o feijão com arroz, não precisa inventar muito agora. Tenho certeza de que ele sabe disso. Ele tem andado e classificado muito bem e de uma maneira segura. Sei o que ele consegue fazer na pista e o que ele tem feito. E ele tem sido bem conservador, o que trouxe muitos pontos para ele.

O F1MANIA.NET acompanha o GP de Abu Dhabi ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.



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