Apesar de liderar os campeonatos de pilotos e construtores, a Red Bull Racing e Max Verstappen enfrentam mais desafios na temporada 2024 da Fórmula 1 do que no ano passado.
Christian Horner, chefe da equipe, reconheceu que as corridas estão bem mais ‘estressantes’ em comparação a 2023 e que Verstappen precisa pilotar ‘no limite’ para conquistar vitórias.
O domínio da Red Bull diminuiu graças ao avanço de equipes como McLaren e Mercedes. No ano passado, a equipe venceu 22 das 23 corridas. Nesta temporada, o cenário é diferente: McLaren, Mercedes e Ferrari já subiram no degrau mais alto do pódio.
Verstappen venceu sete das doze etapas disputadas até agora, mas precisou exigir bem mais do carro do que em 2023. Por conta do esforço extra para se manter na liderança, Horner valoriza mais as vitórias conquistadas nesta temporada. “Vencer corridas com 30 ou 40 segundos de vantagem, como no ano passado, era bem menos estressante”, disse Horner à imprensa.
“É curioso, porque quando você ganha por tanta diferença, só foca em confiabilidade e outros aspectos. Agora, nem dá tempo de pensar em confiabilidade, porque é tudo na base do ‘pé embaixo’. É muito mais gratificante vencer uma corrida disputada”, acrescentou.
O campeonato de 2024 é bem diferente do ano anterior. A Red Bull conquistou os dois títulos com sobras na temporada passada, a ponto de que os pontos de Verstappen sozinhos seriam suficientes para a equipe vencer o campeonato de construtores.
Esse não é o caso em 2024, o que explica a situação delicada de Sergio Perez, que vem tendo um desempenho muito abaixo do esperado e isso coloca seu futuro na Red Bull em risco, mesmo com o contrato recém renovado.
Mesmo que as vitórias este ano sejam mais difíceis, Horner jamais esquecerá o que sua equipe conquistou em 2023, um ano que quebrou quase todos os recordes da categoria. Foi a temporada mais dominante da história da F1 e deve ser lembrada por muito tempo.
“Só olhando para trás é que 2023 vai ser visto como um ano muito especial. O que alcançamos foi realmente um ‘ano mágico’, como eu costumo dizer. São coisas raras. O que fizemos no ano passado nunca tinha sido feito antes, e talvez nunca seja de novo. Este ano é uma F1 bem mais normal, mas ainda temos uma liderança de 80 pontos no campeonato de pilotos e ampliamos a vantagem no de construtores”, completou Horner.