Foto: Ferrari
Não é novidade que os italianos apaixonados por automobilismo estão em outro patamar quando o assunto é Ferrari. O amor exacerbado pelo time faz com que a Ferrari se assemelhe à devoção de uma religião em solo italiano.
A paixão pela equipe intensifica a pressão dos integrantes do time, sujeitos a muitos elogios, mas também a duras críticas por parte da torcida e da imprensa. Rob Smedley, ex-engenheiro da Ferrari, que trabalhou ao lado de Felipe Massa, deu um panorama sobre a questão.
“Acho que para todos os veteranos lá, especialmente os que são expostos na mídia, é uma responsabilidade enorme. Não há dúvida sobre isso. Eu mesmo já disse isso no passado, você pode descrever a Ferrari na Itália como uma religião. Definitivamente”, afirmou Smedley ao podcast da Sky Sports.
“É a seleção, você representa a nação, não apenas uma marca. Portanto, é difícil e você não precisa de uma pele grossa, precisa de uma pele de borracha, porque a realidade da situação é que ela passa por ciclos.”
“Me lembro disso pessoalmente. Em um momento você é colocado em um pedestal, e você é considerado a melhor coisa que já existiu e quatro, seis semanas, dois meses depois, as pessoas estão literalmente cuspindo em você na rua. Então, é uma dicotomia difícil, para ser honesto, e você precisa enfrentar isso.”
“Você meio que tem que misturar os altos e baixos para que você tenha um único ponto de vista emocional sobre tudo, para conseguir aquele equilíbrio que você precisa e ser capaz de continuar entregando [resultados] dia após dia”, explicou o britânico.
Atualmente Frederic Vasseur está no comando da Ferrari, Smedley acredita que o francês vai descobrir a pressão extra no time, mas aconselhou o chefe de equipe a manter a cabeça baixa durante o processo.
“Quando as pessoas estão dizendo o quão bom você é, é importante não ouvir, e é igualmente importante quando as pessoas estão dizendo o quão ruim você é, isso acontece”, ressaltou Rob.
“Então, eu acho que Fred vai passar por tudo isso. Ele é um cara legal, está no automobilismo há muito tempo em cargos altos, ART Grand Prix e Renault antes de entrar na Alfa Romeo. Ele já esteve lá, sabe como é. É uma intensidade diferente, uma pressão diferente na Ferrari, mas ele tem que apenas seguir em frente, sabe, faz parte do trabalho dele”, finalizou Smedley.
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