Lewis Hamilton afirmou que sua transferência para a Ferrari em 2025, é a chance de ‘escrever um novo capítulo’ em sua brilhante carreira na Fórmula 1. O piloto britânico esteve ligado à Mercedes desde o início, tanto em sua trajetória na Fórmula 3 e GP2 quanto em toda a sua carreira na F1, primeiro com a McLaren e depois com a equipe oficial da marca a partir de 2013.
Apesar de assinar um contrato de dois anos com a Mercedes em agosto passado, Hamilton exerceu uma cláusula para encerrar o acordo e fazer a mudança para a Ferrari a partir da próxima temporada. No último dia de testes de pré-temporada no Bahrein, Hamilton falou longamente sobre a transferência e seus sentimentos em relação à Ferrari e à Mercedes.
“No meio do ano passado assinamos o contrato, e naquela época eu via meu futuro com a Mercedes”, disse o piloto britânico sobre sua renovação de contrato em 2023. “Mas surgiu uma oportunidade no Ano Novo e decidi aproveitá-la. Foi a decisão mais difícil que já tive que tomar.”
“Tenho um relacionamento com a Mercedes desde os treze anos. Eles me apoiaram, e juntos tivemos uma jornada incrível, construímos história no esporte e isso é algo de que me orgulho muito. Mas no final das contas, estou escrevendo minha história, e senti que era hora de iniciar um novo capítulo. Como todos os pilotos, eu assistia Michael Schumacher em seu auge na juventude. Você sempre pensa em como seria correr na Ferrari um dia. Nunca estive em Maranello. Comprei minha primeira Ferrari em 2010, como um presente para mim, mas a vendi rapidamente. Quando fui para a Mercedes, achei que não seria possível”, acrescentou.
A mudança de Hamilton para a Ferrari fará ele se reencontrar com Fred Vasseur, chefe da Scuderia, e que foi seu chefe quando ele conquistou os títulos na Fórmula 3 e na GP2 com a ART Grand Prix. O heptacampeão acredita que sua relação com Vasseur e a presença do francês na Ferrari foram essenciais para sua decisão em mudar de equipe.
“Tenho uma ótima relação com o Fred”, acrescentou Hamilton. “Corri com ele na Fórmula 3 e tivemos um sucesso incrível. É ali que realmente começou a base do nosso relacionamento e sempre mantivemos contato. Eu achava que ele seria um grande chefe de equipe na Fórmula 1, mas na época, ele não estava interessado nisso, e foi muito legal vê-lo na Alfa Romeo-Sauber (atual Stake F1 Team). E quando ele chegou lá, foi um cara ótimo, mas na Ferrari, eu fiquei muito feliz por ele e acho que as estrelas se alinharam. Acho que realmente não teria acontecido sem ele. Estou muito grato e muito animado com o trabalho que ele está fazendo lá”, afirmou Hamilton.
Embora esteja empolgado para vestir o macacão vermelho da Ferrari no ano que vem, ele reafirmou que seu foco é terminar sua passagem pela Mercedes em alta. “Voltando um pouco, este capítulo (com a Mercedes) ainda não está terminado”, disse ele. “Ainda estou 100% focado na Mercedes este ano e tentando terminar em alta, esse é um grande objetivo para mim e para a equipe. O que fizemos até agora acho que é ótimo. Então, realmente espero que possamos fechar a lacuna com a Red Bull de alguma forma.”
O sucesso de Hamilton com a Mercedes se estende para fora das pistas, com a luta por mais diversidade e inclusão na F1. Ele se mostrou orgulhoso dos esforços que ele e a Mercedes fizeram em relação à inclusão, que acredita que continuará após sua saída para Maranello, onde o assunto será uma prioridade.
“Estou imensamente orgulhoso do trabalho que fizemos na Mercedes”, disse Hamilton. “Desde 2020, demos grandes passos na melhoria da diversidade dentro da equipe. Por exemplo, no RH temos um grupo diverso e isso continuará depois de mim, o que é algo de que me orgulho muito, e como eu disse, estou orgulhoso da equipe por ter lutado tanto.”
“Acho que estamos à frente de todas as outras equipes nesse aspecto, e ainda há uma enorme quantidade de trabalho dentro de todo o esporte. Estou constantemente conversando com Stefano Domenicali (CEO da F1) e procurando trabalhar mais com a categoria, e claro, você olha para a Ferrari, eles têm muito trabalho a fazer ness área, então já fiz disso uma prioridade ao falar com John Elkann (CEO da equipe italiana) e eles estão super animados para trabalhar nisso também”, encerrou o heptacampeão.