F1: África do Sul intensifica esforços para retorno da Fórmula 1 ao país

A África do Sul deu um passo significativo para trazer a Fórmula 1 de volta ao seu território. O Departamento de Esporte, Artes e Cultura (DSAC), por meio do Comitê Diretor da Proposta de F1, lançou um processo de manifestação de interesse para potenciais promotores e locais interessados em sediar o Grande Prêmio da África do Sul.

A meta é garantir a realização do evento entre 2026 e 2027, com um contrato inicial de 10 anos. A última vez que a F1 correu no país foi em 1993, no circuito de Kyalami, que também recebeu a estreia do GP sul-africano em 1962.

Critérios para o evento

De acordo com o documento de 37 páginas publicado pelo Comitê Diretor, o local escolhido deverá atender a diversos requisitos específicos para sediar uma corrida de Fórmula 1. Entre os principais critérios estão:
• Local icônico: A pista precisa estar situada em um destino reconhecido e atraente, a no máximo 30 minutos de uma grande cidade, acessível por diferentes meios de transporte.
• Capacidade e estrutura: A infraestrutura deverá comportar 125 mil espectadores diários e 5 mil membros de equipe, além de oferecer suporte logístico e acomodação para o público e trabalhadores.
• Características da pista: O traçado precisa promover corridas emocionantes, com possibilidades de ultrapassagens e disputas roda a roda.

Os interessados têm até o dia 31 de janeiro para apresentar suas propostas. Em 5 de fevereiro, o comitê publicará a lista dos candidatos pré-selecionados.

Cooperar ao invés de competir

A proposta sul-africana surge um mês após a divulgação do interesse de Ruanda em sediar um GP de Fórmula 1. Apesar da aparente concorrência, o Ministro do Esporte da África do Sul, Gayton McKenzie, defendeu a cooperação entre os dois países para fortalecer a presença da F1 no continente africano.

“Detesto essa narrativa de escolher entre Ruanda ou África do Sul. Na Europa, existem sete corridas e ninguém questiona se deve ser Mônaco ou Itália; elas coexistem. Queremos dialogar para descobrir como podemos apoiar uns aos outros”, afirmou McKenzie ao The Citizen.

Segundo o ministro, a África do Sul possui vantagens financeiras, uma comunidade de automobilismo consolidada e circuitos já estabelecidos. No entanto, ele reforçou a necessidade de colaboração com Ruanda para expandir o alcance da Fórmula 1 na África.

Expansão global da F1

Com a Fórmula 1 já consolidada em outros continentes, a África segue como a única região sem uma corrida no calendário atual. Tanto a proposta da África do Sul quanto a de Ruanda destacam a intenção de aumentar a representatividade global do esporte, em um movimento que promete atrair mais fãs e expandir o mercado automobilístico no continente.

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