Neste ano, o teto orçamentário entra no terceiro ano em vigor na Fórmula 1. Para 2023, com o valor estipulado em US$ 135 milhões [R$ 710 milhões] o limite nos gastos visa equilibrar o campeonato, com todos os competidores podendo gastar a mesma quantia no desenvolvimento do carro.
Contudo, o teto orçamentário também impõe uma barreira para times que desejam mudar o projeto do carro durante a temporada, como é o caso da Mercedes. A equipe de Brackley admitiu que não está no rumo certo com o W14 e pretende fazer mudanças.
Sendo assim, Toto Wolff foi questionado se o teto orçamentário é um dos grandes “inimigos” do time alemão neste ano. “Acho que o teto orçamentário, de certa forma, tem mais pontos positivos do que negativos”, afirmou o chefe da Mercedes.
“Mas, obviamente, se você está com o pé atrás, como estamos no momento, isso não permite que você construa um segundo chassi. Mas acho que nosso problema fundamental não é construir um segundo chassi ou colocar coisas no carro.”
“É mais sobre uma direção que tomamos que está errada. E acho que se nós mudarmos agora, isso será limitado pelo regulamento financeiro, mas não de uma maneira que não pudéssemos nos desenvolver”, salientou Wolff.
“Ainda somos capazes de nos desenvolver, mas isso significa que precisamos gastar tempo em um novo conceito, em novas ideias, e precisamos descontinuar o antigo”, explicou Toto. “Então, no curto prazo, pode significar dar um passo para trás antes de dar dois para frente, essas são as regras”, continuou.
“Elas foram introduzidas exatamente pelo motivo de fortalecer o grid, o que acabará acontecendo. Quero dizer, a Red Bull está nos mostrando que, se você fizer um bom trabalho, pode superar todos os outros. Mas, para nós, essas são as regras e ainda precisamos fazer um trabalho melhor”, concluiu.