Alex Albon, importante participante na recuperação da Williams na Fórmula 1 em 2023, espera que a equipe resolva a ‘personalidade extrema’ do FW45 que limitou seu desempenho em corridas. Apesar de conquistar 27 dos 28 pontos do time e classificar para o Q3 sete vezes, a inconstância do carro prejudicou a performance aos domingos.
“Passamos grande parte do ano tentando entender isso, porque quanto mais o fizermos, mais nos ajudará no próximo ano”, afirmou o britânico-tailandês de 27 anos após o GP de Abu Dhabi que encerrou a temporada passada.
Albon ressalta que o FW45 tem ‘uma grande personalidade’, com pontos fortes e fracos que variam de circuito para circuito. Em pistas de baixa pressão aerodinâmica como Monza e Las Vegas, ele brilhou, conquistando posições de destaque no grid e pontuando bem.
“Em Las Vegas usamos um aquecimento agressivo dos pneus para a temperatura fria da pista, o que nos deu um ótimo resultado. P5 e P6 na sessão de classificação, mas nosso carro não era P5 e P6 para a corrida. Era talvez P9 e P10, e provavelmente comprometemos demais o carro de domingo pelo sábado”, disse Albon.
Contudo, essa estratégia nem sempre funcionou. No Brasil, por exemplo, ele abandonou antes da primeira curva, e atribui o problema às limitações do FW45 em configurações de média e alta pressão aerodinâmica.
“Se você comparar, digamos, o Brasil com Monza, são exatamente esses tipos de problemas que estamos tentando corrigir. Há curvas no Brasil, talvez quatro delas, em que estávamos perdendo um décimo e meio a cada curva e não conseguimos superar isso”, explicou.
Para o piloto, a chave para 2024 é lidar com essas deficiências crônicas que persistem há várias temporadas. Ele acredita que a Williams está no caminho certo e que os sacrifícios feitos no desenvolvimento deste ano, trarão recompensas no próximo.
“Nosso trabalho no próximo ano é nos livrar desses pontos fracos tanto quanto possível. Isso está no carro há 5/6 anos, e esperançosamente, no próximo ano poderemos finalmente fazer alguns progressos. Mas sendo honesto, a característica do carro não mudou muito desde o ano passado. Apenas adicionamos mais downforce.”
“Ao mesmo tempo, estamos bastante confiantes em nós mesmos, que fizemos a coisa certa e conversamos sobre isso o suficiente, mas paramos nosso desenvolvimento há muito tempo. Se perdermos por causa do que estamos focando para o próximo ano, não será um momento para ficarmos chateados. Eu realmente acho que veremos as recompensas no próximo ano (2024)”, encerrou Albon.
Com a liderança estável de Albon na equipe e o foco no futuro, a Williams parece pronta para dar mais um passo em sua ascensão rumo ao topo da Fórmula 1 em 2024. No entanto, o desafio será superar a tal ‘personalidade extrema’ dos carros da equipe e encontrar consistência em todas as pistas do calendário.