Ser piloto de Fórmula 1 é para muitos, o emprego dos sonhos: carros velozes, fama, glamour e status. Mas a realidade nem sempre é tão glamorosa, especialmente quando o desempenho não corresponde às expectativas. Alexander Albon sabe disso muito bem. Durante sua passagem pela Red Bull, ser superado por Max Verstappen o transformou em alvo de duras críticas.
Em 2020, Albon teve a chance de dividir a garagem com Verstappen. “Eu estava com dificuldades”, confessou o britânico-tailandês no podcast High Performance. “Acho que não lidava bem com a atenção negativa e apaguei todas as minhas redes sociais. A Fórmula 1 em si é um mundo diferente, com uma nova geração e uma base de fãs bem diferente, e naquela época era bem tóxica, pra falar a verdade.”
Albon relata que, na época, os comentários no Instagram e Twitter eram frequentemente maldosos, o pintando como a ‘chacota’ da Fórmula 1. Embora tentasse ignorar, a negatividade o alcançava nas entrevistas pré-corrida.
“Todas as perguntas eram sempre sobre o meu desempenho, quem poderia me substituir, por que eu estava com dificuldades… Era impossível ignorar completamente. Nas quintas-feiras, você acabava descobrindo o que todos estavam dizendo”, afirmou Albon.
Bloquear totalmente as críticas era difícil, então Albon buscou formas diferentes de lidar com ela. “No fim das contas, é apenas barulho. Quando entendi isso, comecei a me sentir… é estranho dizer… quanto mais consciente eu estava da situação, e contanto que eu tivesse meus valores e meu progresso claros, a negatividade parou de me atingir tanto. Chegou a um ponto em que eu simplesmente a ignorei e comecei a me focar em mim mesmo.”
Albon buscou ajuda de um psicólogo e intensificou o treinamento para melhorar como piloto. “Tive a sorte de ter um ano fora daquela situação. Enquanto a negatividade crescia, eu já estava mentalmente devastado e sem tanta motivação. Mas o ano afastado silenciou o ‘barulho’ rapidamente”, concluiu Albon, que se tornou um piloto melhor e bem mais respeitado na Williams.