O piloto da IndyCar, Graham Rahal, criticou a Fórmula 1 após o fracasso da mudança do também piloto da Indy, Colton Herta para a F1, onde iria correr na AlphaTauri.
Helmut Marko, consultor da Red Bull, já havia declarado anteriormente sobre a intenção da equipe, que Herta fosse para a F1 na AlphaTauri, para substituir Pierre Gasly, abrindo caminho para o francês mudar para a Alpine na próxima temporada.
Mas o problema surgiu, pelo fato de Herta não ter os pontos necessários para obter uma superlicença da FIA, requisito obrigatório para um piloto correr na F1, com Herta tendo apenas 32 dos 40 pontos necessários.
A Red Bull fez pressão sobre a FIA, para que fosse aberta uma exceção no caso de Herta, com o americano de 22 anos já tendo um acordo para correr na AlphaTauri em 2023.
O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, além de vários chefes de equipe da categoria, pediram à FIA que apenas cumprisse as regras, dizendo que ‘há um protocolo a ser respeitado’, e efetivamente a FIA cumpriu as regras e não abriu uma exceção para o piloto americano, frustrando a ele e à Red Bull.
Existem questões em torno do sistema de pontos da superlicença da FIA, com os 40 pontos exigidos, sendo dados apenas ao vencedor do campeonato da Indy. Enquanto isso, os três melhores pilotos da Fórmula 2 recebem 40 pontos cada.
Isso gerou críticas entre alguns pilotos da IndyCar, que comentaram sobre a situação.
Falando a Dave Moody, apresentador de rádio da Sirius XM e locutor da Motor Racing Network, Graham Rahal disse: “A F1 deixou isso muito claro por muitos anos, eles não têm interesse em pilotos americanos, apenas nos dólares americanos”, afirmou o seis vezes vencedor de corrida na Indy.
Rahal também escreveu no Twitter: “A F1 é um esporte elitista. Eles não nos querem. Lembre-se disso. Eles querem o dinheiro das empresas americanas, querem o dinheiro dos ricos americanos. Mas eles não se importam com o resto. Sempre foi assim, sempre será.”
O também vencedor de corrida na Indy, Scott McLaughlin, acrescentou: “A perda é deles. O garoto é um ‘garanhão’.”
Felix Rosenqvist, da Arrow McLaren SP também da Indy, afirmou: “Isso é muito estúpido”, concluiu.
De qualquer maneira, mesmo com as críticas de alguns pilotos da Indy, o fato é que a FIA simplesmente cumpriu as regras da superlicença em vigor atualmente, o que fez de forma muito correta.
Agora, se essas regras podem ou precisam ser alteradas, isso é outro assunto e precisa ser discutido entre a FIA, a F1 e as equipes da categoria.