James Allison, diretor técnico da Mercedes, afirmou que o placar de 8-1 de George Russell sobre Lewis Hamilton nas sessões de classificação, não estava entre suas previsões para a temporada 2024 da Fórmula 1, mas tem uma teoria para explicar o que pode estar acontecendo.
Com os pneus deste ano sendo ‘exigentes’ e vários pilotos surpreendendo com um forte ritmo nos treinos livres antes de ‘sumirem’ na sessão de classificação, Allison se pergunta se a combinação carro-pneu em todo o grid, não apenas na Mercedes, não gosta de ser forçada ao limite ao longo de uma volta inteira.
A melhora de ritmo da Mercedes nas últimas corridas, com a introdução de atualizações importantes, permitiu a Russell conquistar a pole no Canadá. No entanto, o carro da equipe ainda apresenta algumas dificuldades nas sessões de classificação, o que torna a diferença de desempenho entre Hamilton e Russell ainda mais surpreendente, considerando o histórico de Hamilton como o maior qualificador da história da F1.
“Eu não teria previsto 8-1”, disse Allison ao podcast ‘Beyond the Grid’, lembrando a situação atual dos pilotos da Mercedes. “E acho que, durante boa parte do ano, o carro tem sido um problemático. Ele se tornou um carro muito, muito melhor nas últimas duas ou três corridas, e com essa evolução, a dispura nas sessões de classificação deve se tornar mais relevante à medida que o ano avança. Dito isso, a diferença nesse estágio ainda é surpreendente”, acrescentou.
Allison apresentou a teoria de que a combinação atual de carro e pneu, não apenas na Mercedes, mas em todo o grid, não gosta de ser forçada ao limite. Ele sugere que os melhores tempos de volta às vezes acontecem quando os pilotos estão mais relaxados.
“E você vê isso em todos os finais de semana, alguém registra um tempo incrível em algum treino livre e depois desaparece. Acho que na sessão de classificação, onde todos estão pressionados e querendo o melhor, é difícil fazer uma volta que seja relaxada o suficiente para tirar o máximo do carro”, disse ele.
Allison também reconheceu a velocidade de Russell e elogiou sua consistência em extrair o máximo do carro. Ele também afirmou que o equipamento à disposição dos pilotos é idêntico, exceto em casos pontuais como o uso de uma asa dianteira nova em Mônaco (por Russell).
Essa teoria de Allison sobre os pneus, é algo que ele pretende discutir com outras equipes para ver se enfrentam um fenômeno semelhante. Ele acredita que pilotos que parecem surpresos com o bom tempo de volta, podem estar obtendo melhores resultados do que aqueles que estão pressionando ao máximo.
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