Fernando Alonso, bicampeão de Fórmula 1, saiu em defesa de seu companheiro de equipe na Aston Martin, Lance Stroll, durante uma entrevista no paddock em Las Vegas. O espanhol afirmou que a falta de resultados expressivos do canadense é mais reflexo de carros não competitivos do que de falta de talento, rebatendo críticas frequentemente direcionadas a Stroll.
Quando questionado sobre a percepção pública de Stroll, Alonso foi direto: “O olhar público sempre será mais crítico do que deveria. Esse é o mundo em que vivemos.” O espanhol destacou a trajetória de sucesso de Stroll antes de chegar à Fórmula 1. “Ele venceu me todas as categorias antes de entrar na Fórmula 1. Teve boas e más performances, como qualquer piloto, mas a falta de sorte dele foi competir com carros não competitivos em 90% da carreira na F1. Isso é brutal para qualquer piloto”, disse ele.
Alonso comparou a situação de Stroll com outros pilotos que enfrentaram desafios semelhantes. “Nosso piloto reserva aqui, Stoffel (Vandoorne), é um exemplo. Ele venceu tudo no Kart, a Fórmula 3, e a Fórmula 2, mas ao chegar à Fórmula 1 com um carro não competitivo, talvez você não permaneça na categoria por muito tempo”, disse o espanhol, destacando a dificuldade de brilhar em um ambiente desfavorável.
Mesmo com as dificuldades, Alonso elogiou a persistência de Stroll. “Lance teve carros não competitivos por muitos anos, mas continua comprometido e sonhando com o dia em que terá um carro competitivo. Essa é uma missão que todos temos na Aston Martin, buscar um carro que nos permita competir no mais alto nível”, acrescentou.
Aos 42 anos e com 22 temporadas na Fórmula 1, Alonso reconheceu que talvez não esteja mais na categoria para colher os frutos do desenvolvimento da Aston Martin. Ainda assim, demonstrou torcer pelo futuro de Stroll. “Espero que um dia ele (Stroll) tenha um carro competitivo e mude a opinião de muitos”, completou o piloto espanhol.
Essa fala de Alonso destaca não apenas sua visão sobre o talento de Stroll, mas também a realidade implacável da F1, onde o equipamento pode ser decisivo para a carreira de qualquer piloto, mas é fato que o canadense só continua na categoria, por ser filho do proprietário da Aston Martin, Lawrence Stroll, pois se fosse em outra equipe, muito provavelmente ele já teria deixado a Fórmula 1.
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