O chefe da Alpine, Otmar Szafnauer, acredita que o problema de confiabilidade do motor da equipe, pode ser resolvido durante o intervalo entre a atual e a próxima temporada.
A Alpine não escondeu que sua opção foi uma maior velocidade em sua unidade de potência Renault em 2022, para tentar diminuir a diferença para as equipes da frente do grid com seus motores Mercedes, Ferrari e Red Bull-Honda.
Laurent Rossi, CEO da Alpine, pediu anteriormente à Renault que ‘explorasse os limites o máximo possível’, em vez de desenvolver uma unidade de potência confiável mas que não fosse rápida.
Porém, só para exemplificar, Fernando Alonso já abandonou cinco vezes na atual temporada, com seu último abandono ocorrendo devido a outro problema no motor, no recente GP do México.
Depois que Esteban Ocon, como Alonso, abandonou o GP de Singapura, o diretor técnico da Alpine, Pat Fry, admitiu que a equipe foi ‘pega’ pelos problemas de motor este ano, o que deixou o time exposto a uma derrota para a McLaren na disputa pelo quarto lugar no campeonato de construtores.
Szafnauer, que se juntou à Alpine como chefe de equipe no início de 2022, vindo da Aston Martin, disse que o trabalho para remediar o problema ocorrerá no período de entressafra das temporadas.
“Não devemos esquecer que, no início do ano, e isso foi antes de eu chegar aqui, tomamos uma decisão consciente de aumentar o desempenho e corrigir problemas de confiabilidade à medida que chegamos a eles, porque a FIA permite isso. Então essa foi uma decisão consciente e estratégica”, disse ele segundo o Motorsport.com.
“E agora, quando os enfrentamos (problemas de confiabilidade), podemos resolvê-los. Não fizemos isso de propósito para não ser confiável. Mas se você tem que errar desse lado, você empurra o limite de desempenho, porque você não pode adicionar desempenho agora até 2026, devido ao congelamento no desenvolvimento de motores, mas você pode corrigir problemas de confiabilidade.”
“Podemos fazer isso durante o intervalo entre as temporadas, então estrategicamente, acho que foi a coisa certa a fazer. E ainda temos duas corridas para terminar em P4 entre as equipes. Acho que podemos fazer isso”, acrescentou.
Szafnauer continua esperançoso de que 2023 será um ano muito menos turbulento para a Alpine, em relação ao motor. “Durante o intervalo, faremos ainda mais melhorias de confiabilidade e estaremos melhor.”
“Mas temos que lembrar que essa unidade de potência deve durar até 2026. Então, com certeza, foi a estratégia certa. Acho que estamos em uma boa trajetória. E vamos ver o que o próximo ano traz. Mas o curto prazo é a confiabilidade nas próximas corridas, terminar forte, e acho que nosso desempenho estará lá”, finalizou o chefe da Alpine.
No momento a equipe francesa ocupa o P4 no campeonato de construtores com 153 pontos, enquanto a McLaren está no P5 com 146 pontos.
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