O ministro do Esporte da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz Bin Turki Al-Faisal, disse que se reuniu com pilotos e chefes de equipe da Fórmula 1, para discutir questões de segurança no circuito de Jeddah Corniche, depois que um ataque com mísseis ofuscou a corrida deste ano em Jeddah.
Rebeldes houthis no Iêmen, atingiram um depósito de petróleo a cerca de 15 quilômetros a leste do circuito de Jeddah em março, durante o final de semana do GP da Arábia Saudita. O ataque com mísseis causou um momento histórico na F1, pois após os chefes decidirem que não havia motivo para preocupação, ignorando a opinião dos pilotos, quase ocorreu um boicote. Os pilotos deliberaram até tarde da noite e finalmente decidiram correr, mas fizeram uma forte declaração com relação à situação.
Depois disso, foi reconhecido que algumas coisas precisavam ser discutidas sobre segurança no circuito. “Nós nos encontramos pessoalmente com todos os chefes de equipes, e eu me encontrei pessoalmente com todos os pilotos”, disse o príncipe Al-Faisal à Reuters. “Falamos sobre todas essas questões e tivemos um diálogo aberto com eles”, afirmou.
Embora reconhecendo as preocupações de segurança, o príncipe enfatizou que nenhum lugar do mundo é completamente seguro. Como exemplo, ele citou os manifestantes que entraram no circuito de Silverstone durante a corrida este ano. “Se você olhar para o mundo hoje, há caos acontecendo em todos os lugares e precisamos lutar contra isso”, acrescentou.
A questão é que o ataque com mísseis a um local relativamente próximo ao circuito onde ocorria um GP de Fórmula 1, com grande público presente, além do próprio circo da F1, levantou muitas preocupações, pois se quem planejou o ataque quisesse, muito facilmente poderia ter dirigido esse ataque ao circuito, com consequências difíceis de imaginar.