F1: “As pessoas estão sentindo os efeitos”, comenta Russell sobre o calendário extenso

Neste ano, o calendário da Fórmula 1 passou por um marco, sendo o mais longo da história, com 23 etapas ao todo. A crescente do esporte ao redor do globo, fez com que cada vez mais países desejassem receber a categoria. 

Contudo, as viagens pelos continentes não são nada fáceis no que refere ao desgaste físico e mental dos profissionais. Toto Wolff, por exemplo, informou que iria se ausentar de algumas etapas. “Precisamos encontrar uma solução, eu acho que a equipe que trabalha nas corridas vai pular algumas etapas todos os anos, para conseguir sobreviver”, disse o chefe da Mercedes. 

George Russell também foi perguntado sobre a adaptação ao calendário durante coletiva de imprensa após o lançamento do W14, na qual o F1Mania.net esteve presente. “Não há nada de diferente que estou fazendo este ano”, respondeu o britânico. 

“Acho que com a equipe que tenho ao meu redor, estamos muito, muito honrados com, digamos, desempenho humano e é algo que estamos tentando implementar um pouco mais no grupo ao nosso redor”, continuou. 

“Porque essas mudanças de fuso horário são tão brutais para algumas das corridas e na duração dos voos. Não importa como você voa, isso realmente afeta você. Está definitivamente chegando a um ponto em que as pessoas estão sentindo os efeitos”, enfatizou. 

“Acho que tivemos boas conversas com a Fórmula 1 sobre onde está o futuro e talvez tornar as coisas um pouco mais sustentáveis, não apenas em termos de voo, mas para todos nós nesta montanha-russa”, apontou. 

Ainda, Russell afirmou que na condição de piloto, as coisas podem ser um pouco diferentes: “Mas, no final das contas, você fica tão energizado e motivado por ir lá e pilotar. Às vezes, mesmo que você não tenha a melhor noite de sono, uma vez que você está no carro, você está no seu habitat”, concluiu. 

Um exemplo do complexo e extenso calendário deste ano são as últimas etapas. A penúltima corrida acontecerá em Las Vegas, dia 18 de novembro, saindo dos Estados Unidos, a Fórmula 1 encara um voo de mais de 18 horas para chegar a final em Abu Dhabi no fim de semana seguinte, bem como uma diferença de 12 horas no fuso horário.