F1: Atuais equipes querem grande aumento na taxa de inscrição para novos times

A notícia de que a equipe Andretti quer ingressar na Fórmula 1 junto com a Cadillac, foi muito bem recebida pelos fãs e pela FIA, mas as equipes atuais d categoria não estão nada entusiasmadas com isso. A taxa de entrada de uma nova equipe na F1, atualmente é de US$ 200 milhões. As atuais equipes querem que isso mude para US$ 500 milhões.

Com o anúncio da Andretti-Cadillac, e a notícia de que a FIA está analisando um processo de seleção para novas equipes na F1, parece que logo pode existir pelo menos uma 11ª equipe na categoria em um futuro próximo. A FIA está animada, mas a F1 também deve dar sua aprovação ao plano. É aí que as coisas podem atrapalhar a Andretti Cadillac e outras partes interessadas em potencial, como o bilionário Calvin Lo, que já anunciou sua intenção de ter uma equipe na F1.

Já foi amplamente divulgado, que a maioria das atuais equipes do grid da F1, é contra a entrada de qualquer outro time na categoria. Apenas a McLaren e a Alpine apoiam o projeto da Andretti-Cadillac. A Alpine possivelmente fornecerá os motores para a equipe americana.

As outras equipes discordam sobre a taxa de inscrição. O valor agora é de US$ 200 milhões, mas os concorrentes de Andretti dizem que é muito pouco. As equipes querem que a F1 aumente a taxa para novas equipes, e isso seria um grande aumento de US$ 500 a US$ 600 milhões, uma quantia enorme com consequências significativas, tornando bem mais difícil que novas equipes entrem na F1.

Os motivos para as atuais equipes buscarem esse aumento da taxa de inscrição, são vários. Por exemplo, elas temem sofrer perdas financeiras quando o grid for aumentado. Isso, porque o prêmio total teria que ser dividido entre onze equipes em vez de dez, o que significa que todas receberiam menos dinheiro.

De acordo com o The Race, várias equipes fizeram uma comparação com as ligas americanas, como a Major League Soccer e a National Hockey League, onde os recém-chegados devem pagar US$ 325 milhões e US$ 650 milhões, respectivamente.

O rápido aumento do valor das equipes de F1 também seria um argumento. O contrato de taxa de entrada foi assinado em 2020 e vai de 2021 a 2025. O valor original de US $ 200 milhões teria sido justificado porque a Williams foi vendida por um pouco menos na época da assinatura do acordo em 2020. No entanto, dois anos depois, muita coisa mudou na F1, e as equipes não estão mais satisfeitas com esse valor. Uma quantia de US$ 600 milhões estaria mais de acordo com o valor que a Audi terá de pagar à Sauber até 2026.

Além disso, teme-se que o valor ‘baixo’ encoraje investimentos de curto prazo, enquanto a categoria precisa de compromissos sérios e de longo prazo. Teoricamente, alguém poderia pagar US$ 200 milhões pelo último lugar no grid e depois vendê-lo com um lucro significativo.

Um chefe de equipe que não quis ser identificado, disse ao The Race que as equipes são críticas por causa da falta de detalhes. A Andretti não revelou de onde virá o financiamento, com quanto, e com o que, a General Motors contribuirá financeira e tecnicamente. A Andretti-Cadillac terá que fornecer essas informações à FIA, mas as equipes da categoria não terão acesso a elas.

Obviamente a resistência das atuais equipes da F1 em receber novos times na categoria, é basicamente financeiro. Agora com essa nova informação sobre o aumento na taxa de entrada de novas equipes, a situação ficou ainda mais clara.

 

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