Com apenas três etapas restantes na temporada 2024 da Fórmula 1, antes de encerrar sua trajetória de doze anos na Mercedes, Lewis Hamilton já lida com as consequências emocionais de sua decisão de se transferir para a Ferrari a partir da próxima temporada. De acordo com o autor Matt Whyman, que escreveu sobre o piloto no livro ‘Inside Mercedes F1: Life in the Fast Lane’, a mudança envolve um impacto nas relações próximas de Hamilton na Mercedes, equipe com a qual ele manteve uma ligação desde a infância.
O autor compartilhou detalhes da dificuldade emocional que Hamilton enfrentou ao comunicar a decisão à equipe, especialmente aos engenheiros e principalmente ao seu engenheiro de corrida, Peter Bonnington (Bono), com quem trabalhou durante toda a sua passagem pela Mercedes. Segundo Whyman, Hamilton chegou a hesitar em um encontro de pré-temporada com a equipe, onde ele costuma promover uma experiência de paintball para fortalecer o espírito de grupo. “Ele disse que ficou no carro por vinte minutos, pensando em como explicar a decisão após tantos anos juntos”, comentou Whyman ao Mirror Sport. “Ele é humano e se importa com os laços que construiu na equipe.”
Apesar da ambição de conquistar seu oitavo título na F1, agora com a Ferrari, Hamilton sabe que essa mudança pode interferir em algumas de suas amizades na Mercedes. Whyman destacou que Hamilton, ainda que muito focado, valoriza os aspectos humanos dessa transição. “A decisão é focada, mas ele entende o impacto no nível de amizade”, afirmou o autor.
Compreensiva, a Mercedes entende a escolha de Hamilton, que busca alcançar o que ainda não fez: correr pela Ferrari, a equipe mais tradicional da Fórmula 1. Para a montadora alemã, a transferência de Hamilton para a Ferrari é vista como um passo natural para alguém que já alcançou praticamente tudo na categoria.