Com a aproximação da introdução dos novos motores na Fórmula 1 em 2026, as discussões acerca do impacto dessa mudança se intensificaram. A maior dependência de baterias nas unidades de potência gerou preocupações entre algumas equipes, como a Red Bull, que temen situações indesejadas como pilotos levantando o pé em retas para preservar a carga da bateria.
Apesar das inquietações, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, descartou a possibilidade de uma reformulação drástica das regras. Em entrevista ao RacingNews365, ele destacou o compromisso com o regulamento atual e ressaltou a importância de atrair novos fabricantes para o grid.
“Precisamos ser corajosos e seguir em frente. É normal haver resistência, mas Audi está conosco agora. A tecnologia avança dia após dia, então pequenos ajustes, como peso ou novos materiais, sempre podem ser feitos”, afirmou Ben Sulayem.
O dirigente também salientou o empenho em manter a Audi na F1 e atrair outras montadoras, como a General Motors. A expectativa é de que a gigante americana entre na categoria com a marca Cadillac a partir de 2028, potencialmente em parceria com a nova equipe Andretti.
“Esse novo motor é nossa responsabilidade. A FIA já estava trabalhando nisso antes do meu mandato. Sou grato ao departamento técnico e respeito a decisão coletiva. Quando definimos as regras, os fornecedores de motores também concordaram”, disse Ben Sulayem.
De acordo com o presidente da FIA, o receio de mudanças bruscas poderia afastar o interesse de novos players. “Se não formos abertos a transformações e mantivermos todos na zona de conforto, dificilmente veremos novas equipes chegando à F1”, concluiu.
A postura de Ben Sulayem indica que os próximos debates deverão se concentrar em ajustes pontuais para otimizar o regulamento de 2026, mantendo o foco na sustentabilidade e na atração de novas montadoras para o grid da Fórmula 1.