O GP do Canadá está logo na esquina, e os tão esperados novos regulamentos da Fórmula 1 para 2026 foram divulgados hoje (06) pela FIA, gerando reações do público e dos pilotos também. Valtteri Bottas foi um dos que expressou as suas preocupações diante das novidades.
Os novos carros serão pelo menos 30 kg mais leves, além de mais curtos e estreitos. Eles também utilizarão dinâmica ativa, e para substituir o DRS, entra o “Modo de Substituição Manual”. Dentre as mudanças, novas unidades de potência também serão introduzidas, com a utilização de combustíveis 100% sustentáveis.
Bottas vê as novidades de forma positiva, afirmando que “Uma nova era de regulamentos é sempre emocionante, traz oportunidades para equipes diferentes. É bom ver uma mudança”, mas o finlandês está preocupado com o “desempenho geral e downforce”, pois ouviu rumores de que “há muito menos aderência no geral, mas não sei quanto será e acho que é isso que vamos descobrir.”
“Gosto que os carros sejam um pouco menores. Obviamente, é um pequeno passo. Mas acho que está na direção certa. A mesma coisa com o peso. É bom”, afirmou o piloto.
“Ainda não experimentei no simulador as novas configurações da unidade de potência, por exemplo, então não posso falar muito sobre isso, mas se for mais potência total e um pouco mais de liberdade no uso de energia em termos de táticas, acho que isso é positivo. Então, por enquanto, não vejo nenhum sinal de alerta”, completou.
O diretor técnico de monopostos da FIA, Jan Monchaux, confirmou que haverá “menos downforce”, optando por um carro um pouco menor e mais ágil. “O próprio DRS na asa traseira não será mais utilizado para permitir ou facilitar ultrapassagens”.
Monchaux continuou dizendo que o DRS será usado para diminuir o nível de arrasto nas retas, “porque isso traz alguns grandes benefícios para nós e para o consumo de energia, mas também ter uma velocidade máxima mais alta permite que você se recupere mais quando você está freando em outra reta”.
Ao invés de utilizar o DRS para auxiliar nas ultrapassagens, o sistema agora é outro. “Então você entra na reta, um carro está bem próximo do outro, para ajudar nas ultrapassagens vamos permitir que o carro de trás acione mais ERS [Sistema de Recuperação de Energia] por um determinado período”.
Isso irá contribuir para que quando um piloto estiver perto o suficiente de outro carro, ele receberá “uma quantidade extra de energia para uma volta”, que poderá ser distribuída da “maneira que quiser”, afirmou Monchaux. “Isso dará um impulso de energia para eventualmente dar ao carro seguinte a chance de ultrapassar no final da reta”, completou.
No entanto, Bottas afirmou que atualmente não vê a competitividade do grid como um problema, mas que tornar algumas pistas e circuitos mais suscetíveis a ultrapassagens é algo a que se prestar atenção.
“Quer dizer, acho que o grid está muito próximo”, afirmou, “acho que as corridas são interessantes, então não acho que isso [a competitividade] seja um problema”. E destacou, “Acho que ultrapassar em algumas pistas é muito difícil, e isso é algo que ainda precisa de muito foco, mas pelo que vi, deve haver um pouco mais de ação”.
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