Flavio Briatore, consultor executivo da Alpine, afirmou que a equipe precisará compensar seu déficit de potência com um chassi mais eficiente para a temporada 2025 da Fórmula 1. O executivo admitiu que o atual motor, que apresenta uma desvantagem estimada de três décimos em relação aos concorrentes, limita o desempenho da equipe desde a introdução do congelamento de unidades de potência em 2022.
No GP de São Paulo, as condições de pista molhada neutralizaram essa desvantagem, permitindo que a Alpine conquistasse um surpreendente pódio duplo, com Esteban Ocon em P2 e Pierre Gasly em P3. O resultado impulsionou a equipe de nono para sexto lugar no campeonato de construtores, graças a um total de 35 pontos marcados em Interlagos, mais que o dobro do acumulado anterior na temporada.
Apesar do avanço, Briatore reconheceu que o desempenho no Brasil não reflete a realidade do time: “Na chuva, a discussão sobre potência do motor é zerada. Então mesmo em 2025, precisaremos compensar esses três décimos com um carro melhor. Temos que trabalhar em aerodinâmica e pneus, sem nos lamentar”, disse ele ao La Gazzetta dello Sport.
O chefe da equipe, Oliver Oakes, destacou a evolução recente do carro. Desde as atualizações introduzidas no GP dos EUA, a Alpine apresentou uma evolução consistente. Gasly conseguiu avançar ao Q3 em Austin e na Cidade do México, convertendo a sessão de classificação em pontos na corrida mexicana.
“Desde Austin, tivemos mais ritmo com as atualizações”, disse Oakes. Ele também reconheceu que o carro apresentado no início da temporada estava aquém das expectativas: “Sejamos honestos, o carro lançado no começo do ano não era digno do padrão de Enstone. Mas o progresso feito ao longo da temporada tem sido impressionante”.
Oakes destacou a importância de manter o ritmo de desenvolvimento: “O desafio neste regulamento é começar forte e continuar progredindo. Não estou na equipe há tempo suficiente para julgar isso completamente, mas vejo potencial”, finalizou o chefe da equipe.
Com uma mudança de fornecedora de motores programada para 2026, quando passará de Renault para Mercedes, a Alpine terá em 2025 seu último ano como equipe de fábrica da Renault. Para Briatore, a chave será maximizar as capacidades do carro e mitigar o impacto do déficit de potência, consolidando o progresso rumo ao futuro.
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