F1: Brown acredita que problemas internos na Red Bull trazem risco futuro

O CEO da McLaren, Zak Brown, acredita que os problemas internos da Red Bull Racing terão consequências negativas para a equipe a longo prazo. A tensão dentro da equipe vem crescendo desde a investigação sobre a conduta do chefe do time, Christian Horner, que dividiu opiniões mesmo após ser inocentado.

Enquanto o pai de Max Verstappen, Jos, chegou a afirmar que a presença de Horner poderia ‘destruir’ a Red Bull, o piloto holandês mantém uma relação mais próxima com Helmut Marko, consultor da equipe e chefe do programa de jovens pilotos. Essa clara divisão de poder não afetou os resultados na pista até o momento, mas Brown aposta em mudanças com a chegada do novo regulamento da Fórmula 1 em 2026.

“A turbulência terá um impacto maior a médio e longo prazo”, disse Brown. “Adrian Newey vai sair (no início de 2025), e esse carro foi feito no ano passado, o que eles estão correndo agora foi feito quando tudo estava bem.”

“É mais em 2026, quando teremos um novo motor e novas regras, que pode ser um problema. A situação com os pilotos, é onde você potencialmente verá a falta de estabilidade afetar um pouco o desempenho. Vencer mantém as coisas unidas, e se isso se tornar mais difícil para eles, é aí que você poderá ver mais ‘fraturas’ em vários relacionamentos dentro daquele time”, acrescentou.

Brown acredita que a McLaren pode se aproveitar dessa instabilidade da Red Bull. Ele confia que o progresso de sua equipe desde a última temporada, a coloca na briga pelo título antes mesmo da mudança de regulamento.

Com seis pilotos vencedores em doze corridas realizadas nesta temporada até o momento, o americano prevê uma disputa acirrada em 2025 entre as equipes. “Acho que o ano que vem pode ser uma temporada épica. Você pode ter quatro equipes lutando pelo título no campeonato. Seria ingênuo descartar alguém que não esteja entre os quatro primeiros agora, porque vemos como as coisas podem mudar rapidamente. Todos têm tecnologia muito semelhante, então não há razão para que outros não possam fazer o que fizemos no ano passado”, encerrou o CEO da McLaren.