Foto: XPB Images
A FIA deseja adicionar mais um ou duas equipes na Fórmula 1 em breve, e abriu inscrições há alguns meses. Vários candidatos se inscreveram e apresentaram um plano de ação. O órgão regulador avaliará quais têm maior probabilidade de sucesso. Ainda assim, nem todos as atuais equipes da categoria são favoráveis a isso. O CEO da McLaren, Zak Brown foi questionado sobre sua opinião em Miami.
Muitas equipes temem que mais times na F1 signifiquem menos receita. Isso porque o montante total não necessariamente ficará maior, mas mais participantes terão direito à divisão. Com isso, algumas pessoas ficam muito cautelosas e a Marco Andretti, por exemplo, já percebeu isso, com a resistência de alguns times à possível entrada da Andretti-Cadillac na F1. O CEO da McLaren, Brown, dá as boas-vindas a equipes adicionais, mas com uma condição importante.
Ele defende que qualquer equipe que ingresse na F1, deve ter uma chance real de sucesso e não desaparecer do cenário da competição em dois anos. “Desde que sejam aditivos ao nosso esporte, adoraria ver mais carros no grid. Acho emocionante. Lembro que quando comecei a seguir a Fórmula 1, você tinha uma pré-qualificação. Acho que eram 30, 31 carros tentando participar do GP”, disse ele.
Brown continuou: “Acho que um aumento no grid com as equipes certas que trazem os recursos certos, e são aditivos ao que todos estamos tentando fazer para ajudar a crescer o esporte, então sou totalmente a favor. A única equipe confiável e sustentável que vi na última década foi a Haas. Portanto, o que precisamos garantir é que, se alguém entrar, essa equipe realmente tenha um compromisso e possa fazer o que for necessário.”
Na verdade, Brown quer evitar equipes semelhantes à Caterham, HRT e Manor na Fórmula 1. Essas equipes ficaram praticamente ‘fixas’ na parte de trás do grid, sempre tiveram problemas de dinheiro e a aventura na F1 terminou rapidamente para elas. “Acho que em uma variedade de esportes a motor, você vê muitos sonhadores. E o que não precisamos para a saúde da categoria, é uma equipe chegando, subestimando o que vai levar. E dois anos depois, estarem perdidos”, acrescentou.
Brown também elogiou a Haas F1 por seu compromisso com a categoria. O CEO da McLaren argumenta que o automobilismo de primeira linha precisa de mais equipes como essa. A Haas estreou na F1 em 2016 e já teve sua melhor temporada em 2018, quando terminou a temporada em um bom P5 no campeonato de construtores.
Desde então a equipe americana passou por momentos difíceis, mas aos poucos parece que vai reencontrando seu caminho na F1.
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