A saída de Niels Wittich como diretor de provas da Fórmula 1, entre os GPs de São Paulo e Las Vegas, gerou críticas à FIA. Martin Brundle classificou como “extrema” a rotatividade de altos cargos na entidade, que nomeou Rui Marques como substituto de Wittich para as últimas corridas da temporada.
“Claramente, a rotatividade na FIA é extrema, e isso preocupa. Não acho que eles tenham tempo para se organizar, muito menos para conversar com os pilotos,” afirmou na Sky Sports F1.
“Os pilotos estão incomodados, e com razão, após descobrirem pelas redes sociais que o diretor de provas foi trocado faltando três corridas para o fim da temporada”.
“É difícil entender a saída de Niels Wittich. Até sabermos mais sobre os motivos da decisão, é complicado avaliar se foi uma boa ou má escolha. Mas, sendo uma corrida tão desafiadora, não há dúvida de que não é o ideal, e seria mais lógico esperar até o inverno.”
A ex-pilota Danica Patrick defendeu o direito dos pilotos de terem voz no esporte, ressaltando a importância de sua segurança.
“Acho que, sempre que a organização tenta se colocar acima dos pilotos e do talento deles, o resultado não é bom,” explicou Patrick. “Isso não significa que os pilotos vão comandar tudo, mas você precisa trabalhar com eles. São os gladiadores lá fora, e é essencial ouvi-los. No final das contas, são eles que arriscam suas vidas”.
“Com a saída de Niels, que era quem ajudava a garantir a segurança e tomava decisões importantes, como aplicar penalidades, os pilotos precisam sentir que têm voz. Se sentirem que sua opinião não importa, sendo eles uma peça central no esporte, isso não cai bem.”