O ex-piloto e campeão na Fórmula 1 em 2009, Jenson Button, comentou sobre porque a posição do cockpit do W14 está sendo um aspecto tão importante para Lewis Hamilton.
Hamilton poderia fazer uma longa lista de aspectos do W14 com os quais ele não está satisfeito, com um dos principais parecendo ser a posição do cockpit.
O heptacampeão notou que sua posição está muito mais à frente do que os outros pilotos, e sugeriu que é a pior posição para pilotar.
“Não sei se as pessoas sabem, mas no W14 sentamos mais perto das rodas dianteiras do que todos os outros pilotos. Nosso cockpit está muito perto da frente do carro”, disse Hamilton.
“Quando você está pilotando, sente que está quase sentado nas rodas dianteiras, o que é uma das piores sensações quando se está no carro. Se você estivesse dirigindo seu carro em casa e colocasse as rodas bem embaixo das pernas, não ficaria feliz ao se aproximar da rotatória!”, afirmou Hamilton.
“Então, o que isso faz é realmente mudar a atitude do carro e como você percebe seu movimento. E torna mais difícil prever, em comparação com quando você está mais para trás e está sentado mais no centro.”
Seu ex-companheiro de equipe, Button, descreveu exatamente por que Hamilton pode ter tanto problema em estar tão à frente.
“A maneira como ele pilota é bastante agressiva no acelerador, bastante agressiva no freio, e faz tudo pelo volante, então ele realmente precisa sentir o que está acontecendo na traseira do carro através de seus braços”, disse Button à Sky Sports.
“E ele não está conseguindo isso, então não tem confiança para pressionar tanto o carro, e esses carros são complicados de qualquer maneira, especialmente na qualificação, e se ele não tiver essa confiança, não conseguirá tirar o máximo proveito”, afirmou.
O também ex-piloto de F1, Karun Chandhok juntou-se a Button, e explicou por que é importante sentir todos os quatro pontos de contato dos pneus. “Os pontos de contato com o solo são as quatro rodas, então se você não sentir o eixo traseiro, ele vai achar que está mais à frente.”
“Isso dá a ele (Hamilton) a incapacidade de ter confiança na entrada de uma curva. Vimos isso nos treinos na Austrália, ele começa a virar o volante e já começa a corrigir antes do ápice da curva. Isso mina a confiança”, concluiu Chandhok.