O CEO da Williams, Jost Capito, disse que sua equipe está em um momento em que pode ‘experimentar’ jovens pilotos em 2023, se referindo a Logan Sargeant, atualmente na Fórmula 2, se o americano se qualificar para uma superlicença.
A Williams parece pronta para substituir Nicholas Latifi na próxima temporada. O reserva da Mercedes, Nyck de Vries, que teve uma estreia muito forte na F1 com a Williams no fim de semana passado, quando cruzou a bandeira quadriculada no P9 em Monza, substituindo o adoentado Alex Albon, subiu ao topo da lista de candidatos da Williams para 2023 após seu ótimo desempenho.
Mas outras equipes também gostaram do desempenho obtido por De Vries na Itália, e surgiram informações de que o holandês pode se juntar à família Red Bull e substituir Pierre Gasly na AlphaTauri, que iria para a Alpine.
A mudança, se confirmada, colocaria o júnior da Williams, Sargeant, na ‘briga’, mas sob uma condição: que o jovem americano alcance até o final da temporada o número obrigatório de 40 pontos necessários para se qualificar para uma superlicença de F1.
Sargeant, duas vezes vencedor nesta temporada na Fórmula 2 com a Carlin, precisa terminar em quinto ou mais no campeonato após a última etapa em Abu Dhabi, em novembro.
O piloto de 21 anos está atualmente em terceiro na classificação, mas seguido com seis pilotos que podem potencialmente superar o americano em Yas Marina.
Portanto, é provável que a Williams espere até o final da F2 em novembro, antes de tomar uma decisão final sobre o piloto que fará parceria com Alex Albon na próxima temporada.
“Há uma boa opção de pilotos”, disse Capito ao Motorsport.com em Monza. “São boas opções de pilotos jovens, e ainda há alguns pilotos experientes também. Então eu acho que são filosofias bem diferentes, estratégias diferentes.”
“E na situação da equipe, podemos trabalhar em estratégias diferentes. Não estamos tanto na frente que precisamos de dois pilotos muito experientes, então podemos experimentar um pouco e colocar pilotos jovens”, disse ele.
Mas Capito acredita que Sargeant se encaixa no perfil e está pronto para se juntar à elite do automobilismo.
“Eu acho que ele está pronto. Sim, ele precisa de alguns pontos. Claro, se ele não conseguir os pontos da superlicença, não ajuda nada. Mas sim, estou confiante de que ele está pronto”, acrescento o CEO da Williams.
Colocar um piloto americano no grid é um incentivo interessante para a Williams, considerando como o interesse pela Fórmula 1 aumentou nos Estados Unidos nos últimos anos, mas Capito afirmou que o talento, e não a nacionalidade, é o primeiro imperativo de Williams.
“Nós não o aceitaríamos só por causa disso (ser americano). Ou achamos que ele está pronto e é capaz, ou não. Ele poderia fazer mais um ano na F2, ou qualquer outra coisa”, acrescentou.
Como ainda existe uma ‘dança das cadeiras’ acontecendo entre alguns pilotos e algumas equipes na F1, precisamos aguardar mais um pouco para termo o quadro de pilotos definido para 2023.