A história sobre a confusão contratual envolvendo a Alpine, Oscar Piastri, e a McLaren, ainda rende comentários das partes envolvidas, e o CEO da Alpine, Laurent Rossi, voltou a falar sobre o assunto.
Depois que Fernando Alonso surpreendeu a Alpine com o anúncio de sua mudança para a Aston Martin em 2023, a equipe francesa anunciou Piastri como substituto do espanhol, o que foi negado pelo jovem piloto, e então Piastri se viu em um ‘cabo de guerra’ entre a Alpine e a McLaren.
Enquanto a Alpine afirmou, várias vezes, que eles tinham um contrato com seu piloto júnior para 2023, o Conselho de Reconhecimento de Contratos da F1, decidiu que o único contrato válido, era o que Piastri tinha com a McLaren.
Isso levanta a questão de por que a Alpine levou o assunto ao tribunal. “Muito simples”, disse Rossi à Auto Motor und Sport. “Achamos que como a McLaren já tinha um acordo com Daniel Ricciardo, então não poderiam oferecer um contrato para Oscar (Piastri).”
“Existem apenas dois lugares para pilotos titulares em uma equipe de F1. Em nossa opinião, eles não poderiam ter contratado um terceiro piloto, porque não poderiam colocar três carros no grid. Nós, por outro lado, tínhamos um cockpit livre”, acrescentou Rossi.
No entanto, a McLaren já havia resolvido a questão com Ricciardo, uma semana antes da decisão do CRB, com a equipe concordando com um acordo estimado em US$ 20 milhões a favor de Ricciardo, que o faria deixar a equipe depois de apenas dois, dos três anos de duração de seu contrato.
Mas enquanto Rossi admite que o acordo da Alpine com Piastri ‘não era estanque’, ele ainda acha que o jovem australiano não fez sua parte.
“O contrato elaborado em novembro de 2021 incluía todos os pontos-chave críticos, até o salário. Isso deveria ser suficiente”, disse Rossi.
“Talvez a ‘cor das meias’ que ele iria usar ainda não tinha sido especificada, mas com detalhes como esse… realmente não importa. Nada teria mudado nas partes importantes do contrato.”
“A conclusão é simples, nós mantivemos nossos compromissos, ele não. Vamos aprender com esses erros”, acrescentou. “Mas ainda podemos dormir bem, porque basicamente não fizemos nada de errado”, acrescentou.
Embora a Alpine tenha declarado após a decisão do CRB que decidiria nos próximos dias se diria adeus antecipado a Piastri, essa decisão ainda não foi tomada.
“Otmar (Szafnauer, chefe da equipe) vai resolver isso conversando com Piastri, a McLaren e nossos advogados”, disse Rossi. “Nada foi decidido ainda. Faremos o que for melhor para nós e não para os outros.”
O francês afirmou que não tem ressentimentos em relação à McLaren em tudo isso, dizendo: “Zak Brown e Andreas Seidl têm a responsabilidade com sua equipe, de oferecer o melhor desempenho possível.”
“Não posso criticá-los por tentarem contratar a melhor dupla de pilotos. Não concordamos com o que aconteceu, mas não ficamos contra a McLaren nisso”, concluiu.
De qualquer forma, parece que a situação ainda não foi bem ‘assimilada’ pela Alpine, com os dirigentes da equipe não escondendo a mágoa em relação à Piastri.
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