Zak Brown, CEO da McLaren, expressou seu desejo de ver uma relação “mais unificada” entre a FIA e a Fórmula 1, em meio a crescentes tensões entre as duas entidades. Desde que Mohammed Ben Sulayem sucedeu Jean Todt como presidente da FIA em dezembro de 2021, ele enfrentou críticas das equipes incumbentes em relação à proposta de entrada da Andretti na F1.
A relação tensa atingiu um ponto crítico no mês passado, quando a FIA anunciou uma investigação sobre um possível conflito de interesses envolvendo Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes F1, e sua esposa Susie, diretora-gerente da F1 Academy. No entanto, o caso foi encerrado menos de 48 horas depois, com as equipes rivais da Mercedes emitindo uma declaração coletiva negando que haviam provocado a atividade súbita da FIA.
Este episódio resultou em Toto Wolff revelando que o casal está atualmente em conversas legais com a FIA, acrescentando recentemente que as ações do órgão causaram “grande dano”.
Com Brown defendendo uma investigação sobre a propriedade da Red Bull de duas equipes de F1, o americano espera que a FIA e a F1 possam resolver as diferenças que criaram uma divisão.
“Quanto à FIA e à liderança da Fórmula 1, gostaríamos apenas de ver essa relação progredir de uma maneira mais unificada”, disse Brown no lançamento da McLaren para 2024. “Acho que ambos querem fazer o que é melhor para o esporte, o que é um ótimo ponto de partida.”
Brown também reiterou que a McLaren não participou da investigação de curta duração, citando que a equipe de Woking nunca levantou preocupações relacionadas a qualquer um dos Wolffs.
Quando questionado se houve alguma repercussão desde o incidente, Brown acrescentou: “Não ouvimos nada desde então. Nunca falamos com ninguém oficial ou extraoficialmente sobre a situação de Toto/Susie. Somos grandes apoiadores da F1 Academy e estamos animados em fazer parte dela. Conheço Susie há muito tempo, ela tem muita integridade. Portanto, não temos preocupações.”
Em entrevista à Motorsport Magazin, Ben Sulayem insistiu que o atrito entre a FIA e a Formula One Management (FOM) era “saudável” para o crescimento contínuo da série.