F1
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17 de outubro de 2024 13:50

F1: CEO da Renault admite ter “subestimado” investimentos na era híbrida

Recentemente, o Grupo Renault anunciou o encerramento da fábrica de motores em Viry-Chatillon e a transformação da Alpine em uma equipe cliente de unidades de potência a partir de 2026. Essa decisão foi tomada na tentativa de diminuir os gastos da equipe e melhorar o desempenho. O CEO do grupo, Luca de Meo, afirmou que a marca entrou na era híbrida sem a preparação e planejamento adequados. 

“A estrutura de remuneração na F1 não leva em consideração os investimentos feitos pelas equipes de fábrica. Então, gastamos mais do que os outros, mas não recebemos mais”, disse De Meo.

“A longo prazo, a F1 poderia, quem sabe, propor uma simplificação tecnológica como imaginar um motor sem hibridização, sem eletrificação, que faça barulho e funcione com e-fuel para a imagem verde. Seria uma base comum, e cada fabricante manteria uma margem de 10% para adaptar o motor”, revelou de Meo.

“A F1 está longe dessa visão, com sua próxima geração de motores planejando oferecer uma divisão 50/50 em termos de geração de potência entre o elemento de combustão interna e o sistema híbrido. Esse novo regulamento é uma espécie de Frankenstein, um compromisso entre os requisitos de cada fabricante. Os custos de desenvolvimento se tornaram exponenciais. Vai ser bem difícil de gerenciar, até mesmo para os pilotos.”

O CEO revelou que a produção de motores é uma tarefa que exige muito investimento e dedicação, e ele sentiu que a Renault não tem a “estrutura” necessária. 

“Vamos ser claros, quando você visita, e nós visitamos, uma unidade como a HPP (High-Performance Powerunits), a fábrica de motores da Mercedes, 900 pessoas estão trabalhando lá. Somos 340 em Viry. Eles têm bancadas de teste que nós não temos. A transição para a era híbrida exigiu investimentos poderosos que foram subestimados na época. Operamos, estruturalmente, com três cilindros, enquanto outros têm oito”, ele revelou.

“Quando cheguei, há quatro anos, o grupo queria sair da F1”, continuou. “Não temos a estrutura para estar na vanguarda do desenvolvimento de química de baterias, gestão de software, recuperação de energia.”



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