F1: CEO da Renault descarta venda da equipe Alpine

O CEO da Renault, Luca de Meo, descartou categoricamente quaisquer rumores de que possa considerar a venda da equipe Alpine de Fórmula 1, em meio à sua mais recente reestruturação de pessoal sênior.

Uma temporada tumultuada viu a equipe sediada em Enstone e Viry cair para o sexto lugar no Campeonato de Construtores este ano, depois de ter estabelecido como meta no início do ano reduzir a diferença para os três primeiros na classificação.

O fracasso em cumprir as expectativas levou vários líderes seniores a deixarem a equipe, com Laurent Rossi sendo destituído do cargo de CEO da Alpine, Otmar Szafnauer sendo demitido do cargo de chefe da equipe, Pat Fry deixando seu cargo de diretor técnico para ingressar na Williams, e o diretor esportivo de longa data Alan Permane, também sendo dispensado.

A grande reorganização na alta administração do time de F1, levou alguns a especular que a Renault poderia considerar a venda da equipe em dificuldades, mas De Meo diz que esse não é o caso.

“Temos que fazer um trabalho de relançamento passo a passo, e todas essas histórias de que gostaria de vender a equipe são besteiras”, disse De Meo à versão italiana da Motorsport.com.

“A F1 faz parte do projeto Alpine, assim como o endurance e outras corridas, então seguimos em frente e precisamos crescer. Acredito muito no projeto Alpine na Fórmula 1”, acrescentou.

De Meo não apenas se opõe à venda da equipe, mas também está ciente de que o Grupo Renault precisa apoiar o projeto Alpine de F1 a longo prazo e se inspirou nos rivais imediatos da equipe.

“Para fazer algo como a Red Bull ou a Mercedes fizeram por um longo ciclo, você precisa continuar trabalhando, precisa ser humilde, precisa mudar as coisas”, acrescentou ele.

Szafnauer, Fry e Permane foram anunciados como deixando a equipe no meio do fim de semana do Grande Prêmio da Bélgica no final de julho, com muitos criticando a decisão.

De Meo declarou que a decisão de dispensar Szafnauer, Fry e Permane, foi a escolha correta e continuou: “Eles me prometeram coisas que não foram cumpridas. Quando você diz algo ao seu chefe, então você tem que fazer, isso está na dinâmica de uma empresa. Pareceu uma ação brutal, e foi, mas estamos atrás do que estabelecemos como metas. Não que eu os tenha forçado a estabelecer metas, mas eles mesmos as estabeleceram, as comunicaram e isso não deu certo porque não tínhamos a trajetória certa.”

Bruno Famin, recentemente nomeado vice-presidente de Motorsport da Alpine e chefe de motores de Viry, também assumiu o cargo de chefe de equipe interino desde a demissão de Szafnauer, e a busca por um sucessor permanente é uma das muitas coisas que precisam ser feitas na Alpine.

Um nome que tem sido alvo de rumores, é o ex-chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, que está de licença até o final de 2023.



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