O CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, está prestes a se reunir com a equipe de desenvolvimento de motores da Alpine, localizada em Viry-Chatillon, para discutir o possível encerramento do projeto de motores para a Fórmula 1. A medida tem gerado grande insatisfação entre os funcionários da fábrica, que realizaram um protesto durante o final de semana do GP da Itália, em Monza.
A ideia de De Meo é transformar a Alpine em uma cliente da Mercedes, abandonando o desenvolvimento de motores próprios, o que poderia gerar uma economia anual de cerca de 90 milhões de dólares e oferecer à equipe um motor mais competitivo. No entanto, essa decisão encontrou forte resistência da equipe em Viry, que conta com uma longa história na fabricação de motores para a Fórmula 1, sendo uma referência no esporte desde 1979.
Em resposta às preocupações, o conselho social e econômico da Alpine Racing, agendou uma reunião com De Meo para o dia 20 de setembro. O objetivo é discutir o impacto do fim da produção de motores na imagem da marca e na tradição da Renault no automobilismo. Em comunicado, os representantes dos funcionários agradeceram ao CEO por aceitar o encontro, esperando que ele reconsidere a decisão.
A fábrica de Viry-Chatillon produziu motores que impulsionaram equipes como Benetton e Williams a títulos na Fórmula 1. No entanto, desde o início da era híbrida, em 2014, a Renault tem enfrentado dificuldades para competir com as rivais, como Mercedes e Ferrari.
Com as novas regulamentações de motores híbridos previstas para 2026, De Meo vê a parceria com a Mercedes como a melhor solução para tornar a Alpine mais competitiva. A decisão final sobre o futuro do projeto Alpine deve ser tomada até o fim de setembro, com a expectativa de que o protesto dos funcionários possa influenciar o desfecho.