Karun Chandhok, ex-piloto e comentarista, analisou a temporada de Max Verstappen em 2024, destacando a impressionante consistência do holandês, mas também mencionando alguns momentos em que ele demonstrou um estilo mais agressivo, o que ele chamou de “sangue nos olhos”. Mesmo assim, Chandhok não tem dúvidas de que Verstappen foi o piloto mais completo do ano.
Embora Verstappen tenha mostrado algumas atitudes impetuosas, como nos incidentes com Lando Norris no México e Lewis Hamilton em Budapeste, Chandhok ressaltou que, apesar desses momentos, o piloto da Red Bull ainda foi, sem dúvida, o melhor de 2024.
“Achei que em Budapeste contra Lewis, em Abu Dhabi contra Oscar na primeira curva e no México, obviamente, com Lando… Vimos aquele ‘sangue nos olhos’ algumas vezes. Então, não sei se foi o seu melhor ano, mas ele ainda foi, sem dúvida, o piloto número um deste ano,” começou o ex-piloto no Sky Sports F1 Podcast.
Para Chandhok, um dos maiores méritos de Verstappen em 2024 foi sua habilidade em tirar o melhor de um carro que, apesar de ser rápido, nem sempre foi perfeito. O ex-piloto explicou que Verstappen não só dominou as corridas, mas também conseguiu superar limitações do carro, algo que ele acredita que é muitas vezes subestimado. “Não existe o conceito de superar o carro. Ele maximizou o potencial total do carro. O outro piloto falhou em maximizar o potencial do carro. Você não pode fisicamente superar o carro. As pessoas dizem isso o tempo todo, e isso me enlouquece.”
Além de sua vitória em Interlagos, Chandhok apontou outras corridas em que Verstappen demonstrou maestria. Para ele, o GP de Barcelona foi uma das melhores exibições do ano, onde o piloto da Red Bull enfrentou desafios inesperados, como o forte desempenho da McLaren.
“Mas, na verdade, para mim, Barcelona foi uma pilotagem excepcional. E é uma corrida da qual quase não se fala. A McLaren, eu achei, tinha o carro mais rápido. Lando conquistou a pole com uma margem confortável. No início, Max ficou à frente de Lando, mas George os ultrapassou. Ele sabia que, se ficasse preso atrás de George no primeiro stint, destruiria os pneus dianteiros. Ele tomou a iniciativa, usou o sistema de bateria no momento certo, passou George na volta de abertura e isso preparou o caminho para a vitória,” explicou.
“Para mim, isso resumiu a temporada: Max aproveitou cada oportunidade que surgiu, mesmo quando não tinha o melhor carro,” concluiu Chandhok.
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