O chefe da Aston Martin, Mike Krack, ficou indignado com a punição de dez segundos, considerada ‘muito dura’, aplicada a Lance Stroll pelo toque na traseira de Daniel Ricciardo durante o GP da China de Fórmula 1. Krack também criticou a falta de consistência por parte dos comissários da FIA.
Stroll recebeu a penalidade e dois pontos na superlicença por colidir com Ricciardo no momento em que a corrida ia ser reiniciada após o período de safety car. O toque causou danos no carro do australiano, que abandonou a prova. O incidente foi consequência de Fernando Alonso ter travado as rodas na curva 14, ocasionando um efeito sanfona. Stroll ficou furioso com a punição, que se soma a outros casos recentes envolvendo a Aston Martin.
Alonso também havia sido punido com dez segundos e três pontos na superlicença, durante a corrida Sprint no sábado por ‘causar uma colisão’. Krack questionou o rigor aplicado pela FIA contra a equipe de Silverstone.
“Os comissários têm sido duros com Lance e Fernando recentemente”, disse Krack ao RacingNews365. “Neste fim de semana também. Tivemos na corrida Sprint, tivemos em Melbourne, e agora com Lance, uma decisão muito rápida, sem realmente entender o que aconteceu. Achei muito precipitado e duro, uma decisão muito rápida. Mas é assim que funciona.”
Analisando o incidente de Stroll, Krack argumentou que vários pilotos foram pegos de surpresa pela freada de Alonso, e que Stroll foi rapidamente apontado como culpado, sem tempo para a Aston Martin contestar a decisão.
“Eu acho que foi uma reação em cadeia”, disse Krack. “No final das contas, você viu Fernando travar as rodas e outro carro atrás dele. Acho que todos foram pegos de surpresa ali. Naquele momento, ficamos felizes por não perder os dois carros, porque acho que começou lá na frente. Eu gostaria que tivessem analisado com mais detalhes. Tentamos discutir, mas o veredicto foi muito rápido: Lance era o culpado e levou uma punição de dez segundos, além do dano na asa dianteira”, concluiu o chefe da Aston Martin.