A equipe Haas viveu uma temporada irregular na Fórmula 1 em 2023, mas descarta repetir a estratégia utilizada em 2021 de ‘sacrificar’ dois anos para focar no regulamento de 2026. O chefe da equipe, Guenther Steiner, defende o modelo atual e a busca por soluções imediatas para sair da zona de baixo da tabela.
Mesmo com um início promissor, onde marcou oito pontos nas cinco primeiras corridas no ano passado, a Haas sofreu com a falta de desenvolvimento e acumulou apenas quatro pontos nas 17 etapas seguintes. As atualizações introduzidas no final do ano não foram suficientes para resolver os problemas de degradação de pneus que limitavam a competitividade do carro.
Diante das dificuldades, Steiner descarta grandes mudanças bruscas e reforça a busca por pequenas melhorias para escapar do momento delicado. Ele também defende o modelo de colaboração técnica da Haas com a Dallara e a Ferrari, lembrando o sucesso alcançado anteriormente com essa base.
“Ninguém quer ser 10º aqui”, afirmou Steiner. “É claro que sentimos a pressão, porque queremos fazer melhor. Mas não acho que precisamos de uma reestruturação completa. Preciso trabalhar duro e encontrar mais performance no carro para melhorarmos, e sabemos que podemos fazer isso porque já fizemos antes”, acrescentou.
Steiner afirmou que a situação atual pode, inclusive, ser benéfica para o progresso futuro, pois permite a equipe se apoiar no que já foi conquistado. Ele alerta para o risco de retroceder a curto prazo em busca de grandes avanços no longo prazo, deixando a equipe ainda pior.
“Obviamente, o médio e longo prazo são histórias diferentes, mas no momento precisamos sair do buraco a curto prazo, para mostrar o que podemos fazer. Então podemos pensar: ‘Poderíamos nos permitir dar um passo atrás?’ Mas se dermos um passo atrás agora, onde vamos parar?”, questionou.
Apesar de um certo sucesso na estratégia de focar em 2022 ao abandonar o desenvolvimento do carro de 2021, Steiner considera esse caminho inviável atualmente devido à competitividade cada vez maior na F1. Ele reforça o compromisso da equipe com evolução contínua e o orgulho do desempenho alcançado anteriormente com recursos limitados.
“Tudo está ficando cada vez mais próximo. Na sessão de classificação no Brasil, a diferença entre P1 e P20 no Q1 era de cerca de 0,8s. 0,8s não é nada. Então, é só aquele pouquinho a mais que pode te mover bastante”, concluiu Steiner.
A Haas encara o desafio de encontrar o equilíbrio entre o objetivo ambicioso de voltar aos bons resultados e a cautela necessária para não prejudicar o futuro. A estratégia adotada para a próxima temporada será crucial para determinar o sucesso da equipe nos próximos anos.
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