A McLaren esclareceu o motivo do forte ritmo de Lando Norris durante a corrida do GP do Canadá de Fórmula 1 em condições mistas de pista. De acordo com o chefe de equipe, Andrea Stella, a falta de pressão permitiu uma estratégia eficiente na preservação dos pneus intermediários.
Norris chegou a ficar oito segundos atrás de George Russell e Max Verstappen, mas em um momento de ‘explosão’ de ritmo, alcançou e ultrapassou ambos os pilotos em voltas consecutivas. Com o companheiro de equipe Oscar Piastri alcançando a dupla da frente, Norris acelerou e abriu uma vantagem de mais de sete segundos.
Stella explicou que a margem confortável da McLaren sobre os carros de trás nas voltas iniciais, permitiu que ambos os pilotos preservassem melhor os pneus intermediários do que seus rivais. No entanto, o italiano reconhece que não foi uma decisão tática em relação aos concorrentes, mas sim devido a uma possível chuva prevista para a volta 30.
“Nós sabíamos que não seria fácil com a chuva esperada pela volta 30, seria difícil para os pneus intermediários durarem tanto tempo”, disse Stella. “Então, como não tínhamos pressão, começamos a economizar os pneus bem cedo, mesmo quando não era necessário, tentando encontrar áreas frias ou úmidas para garantir que os pneus permanecessem em boas condições para quando a pista estivesse mais desafiadora. Não há mágica, é apenas a posição em que estávamos no primeiro stint que nos permitiu aplicar essa estratégia sem perdas, porque não tínhamos pressão vinda de trás”, disse ele.
Apesar da estratégia inicial, a McLaren perdeu a liderança quando o abandono de Logan Sargeant provocou o acionamento do safety car e Norris não foi chamado para o box naquela volta exata. Os carros atrás aproveitaram a intervenção para trocar para um segundo jogo de pneus intermediários, enquanto Norris seguiu atrás do safety car e voltou em terceiro após seu pit stop. No final da corrida, o britânico ainda conseguiu garantir o P2
Norris lamentou a provável vitória perdida, mas Stella acredita que o ritmo da Mercedes em condições mais secas tornaria a conquista improvável. “Acho que a Mercedes teria terminado na frente de Lando. Então, no mínimo, maximizamos o que estava disponível depois do safety car. Sem o safety car, acho que Lando poderia ter acumulado uma vantagem tão grande, que poderíamos tentar chegar ao final com os pneus de seco.”
Stella sugeriu que a Mercedes tinha velocidade suficiente para alcançar Norris, mesmo que o safety car não tivesse tirado sua vantagem. “Acho que a Mercedes poderia ter alcançado, porque eles estavam alguns décimos de segundo mais rápidos do que nós. Precisávamos mesmo de uma vantagem decente para chegar em segurança ao final”, acrescentou.
“Mas obviamente, isso é um pouco acadêmico porque em uma corrida como essa, com dois ou três safety cars… você tem que presumir que eles vão acontecer e também, o clima estava mudando. Sabíamos que seria uma corrida decidida por vários cenários, e no final das contas, estamos felizes com o resultado”, encerrou Stella.
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