Claire Williams, ex-vice-diretora da Williams, revelou sua frustração ao ver o sucesso da Aston Martin sob o comando de Lawrence Stroll, que foi um dos investidores que ‘escapou’ da equipe britânica. Stroll, que chegou a ser parte do time da Williams em 2017 com a estreia de seu filho, Lance Stroll, deixou a equipe em 2019 e assumiu a antiga Force India, transformando-a na competitiva Aston Martin de hoje.
Stroll ajudou a reerguer a Force India, tirando a equipe da administração judicial, e desde então a Aston Martin só tem crescido. A construção de uma nova fábrica de última geração em Silverstone, incluindo um novo simulador e túnel de vento, além da contratação de grandes nomes da engenharia da Fórmula 1, como Adrian Newey, são parte desse avanço. Newey, considerado um dos maiores projetistas da história da F1, irá para a Aston Martin em 2025, a tempo de contribuir para os novos carros de 2026, quando as mudanças de regulamento serão introduzidas na categoria.
Claire comentou em um podcast recente da ‘Business of Sports’ o impacto que essa contratação pode ter para a equipe. “Acho que ele (Newey) vale o investimento. Adrian é um verdadeiro gênio. Ele foi uma peça-chave para muitos dos nossos títulos mundiais na Williams e, desde então, continuou acumulando sucesso. Foi um movimento genial de Lawrence Stroll. O dinheiro que vem com uma vitória no campeonato vale cada centavo que ele está pagando. Ele é tão bom assim”, afirmou Williams.
A ex-líder da Williams também falou sobre sua ‘tristeza’ ao ver o sucesso de Stroll em outra equipe, especialmente considerando que ele esteve próximo de fazer o mesmo pela Williams. “Isso me deixa louca, porque Lawrence estava conosco”, disse ela. Apesar disso, a Williams também está em fase de transição com a gestão de James Vowles, que ajudou a equipe a subir para o sétimo lugar no campeonato de construtores em 2023. A equipe também tem investido na melhoria de suas instalações e contará com Carlos Sainz ao lado de Alex Albon a partir de 2025, o que traz esperanças para o futuro da equipe.
Claire admitiu que a pandemia de COVID-19 foi o ‘último prego no caixão’ para a Williams sob sua gestão, forçando a venda da equipe à Dorilton Capital em 2020. No entanto, ela vê potencial no trabalho de reestruturação que a Williams está fazendo para recuperar sua competitividade.