Com uma carreira cheia de glórias e sete títulos mundiais, Lewis Hamilton se prepara para uma nova etapa na Ferrari em 2025, e as expectativas não poderiam ser maiores. Ao lado de Charles Leclerc, o piloto britânico entra para a escuderia italiana com um objetivo claro: conquistar o oitavo título e consolidar seu nome na história da Fórmula 1. Para Karun Chandhok, ex-piloto e atual comentarista da Sky Sports, os pilotos podem se tornar a dupla a mais forte do grid.
Chandhok destaca a complexidade do desafio que espera Hamilton na Ferrari, especialmente considerando a habilidade de Leclerc. “Eu acho que Leclerc também é forte, não? Não acho que você possa descartar o Leclerc”, afirmou ele em uma entrevista ao GPblog.
“Acho que tanto Lewis quanto Leclerc serão muito fortes. Com certeza, eles são a dupla mais forte do grid. Lewis e Leclerc formarão uma dupla super forte no próximo ano. Eles terão a experiência de Lewis sobre como vencer campeonatos mundiais e a velocidade de Leclerc”.
O que se espera de Hamilton é a capacidade de vencer quando tem o equipamento certo. Mesmo em uma temporada difícil na Mercedes, ele mostrou, com vitórias na Inglaterra e Bélgica, que ainda tem a habilidade e a determinação para lutar pela vitória. Para Chandhok, a “magia” de Hamilton em momentos como esses o coloca ao lado de lendas como Ayrton Senna e Fernando Alonso.
“Vimos em Silverstone que, quando o carro está forte e pronto para vencer, ele pode vencer. Vimos isso em Spa também. Então, quando o carro está certo, Lewis ainda tem a magia. Em Silverstone, o que ele fez nas últimas 15 voltas, apenas Lewis, Max ou Fernando [Alonso] conseguem fazer aquilo. Aquele ritmo e o gerenciamento dos pneus, aquilo foi mágica de Lewis. Ele ainda tem isso.”
“Se você voltar e ler qualquer coisa de 1993 sobre Senna, e o que algumas pessoas da equipe McLaren disseram na época sobre ele. Quando havia chance de vitória, Senna estava lá. É por isso que ele venceu cinco corridas naquele ano. Ele era um tricampeão mundial. Qual é a motivação para terminar em quinto lugar? Qual é a utilidade de obter outro quinto lugar? A motivação é diferente quando você pode vencer.”
“É aqui que eles são seres humanos. E temos que aceitar que são seres humanos. Para Lewis, a motivação para terminar em P5, P6, não pode ser a mesma [de correr por uma vitória]. Eles não são robôs,” concluiu Chandhok.