A permanência de Yuki Tsunoda na AlphaTauri para a temporada 2024 da Fórmula 1 gerou controvérsias, e a ex-engenheira de estratégia da Aston Martin e atual comentarista da Sky Sports, Bernie Collins, levantou a possibilidade de a decisão ter sido influenciada principalmente por questões financeiras. Collins acredita que o apoio da Honda, que fornece motores à Red Bull e à AlphaTauri e mantém Tsunoda como parte de sua academia de pilotos, pesou na escolha da equipe italiana.
“É uma pena na F1 que algumas coisas sejam decididas por patrocinadores ou acordos ocultos”, disse Collins. “Considerando apenas a performance, Liam Lawson deveria estar no grid da F1.”
Para a comentarista, Lawson, considerado um piloto talentoso da Nova Zelândia, merecia a vaga na AlphaTauri. Ela afirma que uma dupla formada por ele e Daniel Ricciardo seria ideal para a equipe, combinando juventude e experiência.
Apesar da crítica à ausência de Lawson no grid também em 2024, Collins elogia o desempenho do jovem neozelandês e acredita que ele ainda terá oportunidades: “O que será interessante é observar o que Liam fará na próxima temporada. Ele precisa estar em uma posição forte para entrar em um carro de F1 o quanto antes.”
Collins destaca que as opções futuras de Lawson ainda estão nebulosas, já que se recusou de uma possível oferta da Williams para permanecer ligado à família Red Bull. No entanto, a comentarista acredita que o talento do neozelandês não passará despercebido: “Outros diretores de equipe certamente estão observando seu desempenho e pensando que ‘conseguir um cockpit na F1 tão rapidamente não é tarefa fácil’,” concluiu a comentarista.
O debate sobre a influência de patrocinadores na F1 e a ausência de pilotos talentosos como Lawson no grid da categoria é um tema recorrente. A declaração de Collins adiciona mais um capítulo a essa discussão, deixando claro que que nem sempre o mérito esportivo prevalece na hora de definir os cockpits na Fórmula 1.