Corinna Betsch relembrou quando o sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher foi cogitado para assumir um cockpit na Ferrari.
Depois de passar quatro temporadas completas na Benetton, duas das quais conquistou o título mundial, Schumacher chamou a atenção de uma das equipes mais bem-sucedidas do esporte, a Ferrari.
Na Benetton, nem tudo foram flores. Apesar de 1994 ser o ano em que Schumacher venceu seu primeiro dos sete campeonatos mundiais, também foi o ano em que a equipe se viu sob investigação que acabou na descoberta de uma válvula de combustível ilegal.
Esses relatórios atingiram Schumacher que, apesar de ter mais um ano de contrato pela frente, ficou empolgado com o interesse da Ferrari.
Porém, não foi uma escolha fácil. A Ferrari é uma das equipes mais consagradas da F1, esses dias pareciam muito distantes. Antes da chegada de Schumacher, o último título de pilotos da Ferrari veio em 19279 e o último de construtores em 1983.
Schumacher consultou um dos seus conselheiros mais confiáveis, sua esposa Corinna. Os dois se casaram em 1995 e ela revelou recentemente o momento em que passaram a pensar na transferência.
“Ainda me lembro como hoje. Estávamos no jardim quando Michael me perguntou: ‘O que você acha de irmos para a Ferrari?”, ela disse ao canal de TV francês Canal + em um novo documentário.
“’Sim’, eu disse, ‘se você puder fazer isso, ótimo!’”
Schumacher entrou para a Ferrari em 1996, levando a Scuderia novamente à glória. Depois de convencer Ross Brawn a também deixar a Benetton e se juntar a ele, os dois ajudaram a Ferrari a conquistar cinco campeonatos de pilotos e seis campeonatos de construtores.
Além do seu vínculo com a Brawn, Schumacher também se aproximou do então chefe da Ferrari, Jean Todt, e o francês é um dos poucos que têm permissão para visitar seu ex-piloto desde o acidente de esqui em 2013.
“Michael realmente tem um bom pressentimento sobre em quem pode confiar”, disse Corinna sobre Todt.
“E eu acho que ele já tinha isso com Jean na época, que ele disse que queria fazer algo com Jean.
“Seria tão bom se Michael pudesse contar toda a história daquela época, porque eu nem sempre estava lá.”
Não há nenhuma atualização sobre o estado de Schumacher desde seu acidente. A família pede privacidade.
“Michael ainda está presente na minha vida e sempre estará, não importa qual seja a situação”, disse Todt. “A questão hoje é como ficar bem junto e como acompanhar ele e a família.”