David Coulthard é mais um ex-piloto a se juntar ao coro de críticas em relação ao novo regulamento da Fórmula 1 para 2026. A grande mudança diz respeito ao equilíbrio entre motor, aerodinâmica e chassi. No motor a potência deverá ser de 50% para a parte elétrica e 50% para a combustão interna.
Nomes como Max Verstappen, Adrian Newey e Christian Horner já haviam demonstrado preocupação com a direção tomada pela categoria. Segundo eles, a bateria não aguentaria suprir metade da potência exigida pelo carro. Verstappen ainda defendeu que o foco deveria ser na redução do peso e o uso de aerodinâmica ativa apenas para forçar ultrapassagens.
“Eu compartilho da preocupação de engenheiros e pilotos quanto ao aumento da proporção elétrica para 50%”, disse Coulthard ao Planetf1.com. “Isso vai mudar o perfil das voltas e como os carros se desenvolvem. É claro que os melhores pilotos e as melhores equipes continuarão vencendo, mas a percepção da corrida vai mudar.”
O ex-piloto de Red Bull e McLaren teme que as corridas percam emoção com a possível redução de ultrapassagens. “Se os carros estiverem mais lentos nas zonas de frenagem, a distância para frear também vai diminuir. Isso pode ser prejudicial para as ultrapassagens. As ousadas manobras de Daniel Ricciardo, por exemplo, talvez não sejam mais possíveis”, concluiu Coulthard.