F1: Cowell aponta fraquezas da Aston Martin

Andy Cowell, novo CEO e chefe da equipe Aston Martin na Fórmula 1, usou sua primeira declaração pública para apontar os desafios e as fraquezas que identificou no time desde sua chegada em outubro de 2024. Cowell assumiu o comando após mudanças na estrutura da equipe, com Mike Krack movido para o cargo de diretor de operações de pista.

“Ganhamos o ‘campeonato das atualizações’ em 2024, mas essas mudanças não trouxeram o desempenho esperado. O objetivo de todos aqui é entregar tempo de volta, e isso não aconteceu”, afirmou Cowell, se referindo à extensa lista de atualizações introduzidas ao longo da temporada passada.

Apesar de grandes investimentos em desenvolvimento técnico, incluindo melhorias no túnel de vento e ferramentas de CFD, o time de Silverstone viu seu desempenho estagnar e não conseguiu acompanhar o ritmo das equipes concorrentes.

Cowell destacou a necessidade de melhorar o índice de sucesso das atualizações e evitar desperdícios. “Precisamos garantir que as ferramentas no campus tecnológico estejam funcionando de forma eficiente para que, ao levarmos uma atualização para a pista, tenhamos pelo menos 90% de certeza de que ela funcionará como esperado”, disse ele.

O dirigente também enfatizou a importância de uma abordagem sustentável para o crescimento da equipe. “Você não pode comprometer o futuro jogando tudo em uma única temporada. É preciso equilibrar os esforços entre o carro atual, o do próximo ano e o seguinte. Queremos pessoas dispostas a escalar o Everest repetidamente, sempre buscando novos picos”, acrescentou.

Com Enrico Cardile liderando o desenvolvimento técnico e Adrian Newey se juntando ao time em março de 2025, Cowell acredita que a Aston Martin pode corrigir o rumo. “Estamos analisando o que deu errado em 2024 e implementando mudanças para garantir que o carro de 2025 entregue o desempenho esperado desde Melbourne”, finalizou.

Sob o comando de Lawrence Stroll, proprietário da equipe, o objetivo declarado do time britânico é transformar a Aston Martin em uma força competitiva e capaz de disputar títulos no futuro próximo. Cowell, com sua experiência principalmente na Mercedes, parece determinado a liderar essa evolução.