Andy Cowell, novo chefe de equipe da Aston Martin, estabeleceu metas ambiciosas para transformar a equipe em uma candidata ao título na Fórmula 1. Assumindo o papel de chefe do time, acumulado com suas funções como CEO, Cowell destacou a necessidade de eficiência no desenvolvimento de atualizações como elemento-chave para o progresso da equipe.
Mesmo tendo implementado diversas atualizações ao longo da temporada de 2024, a equipe enfrentou dificuldades em converter essas atualizações em ganhos significativos de desempenho, frustrando os pilotos Fernando Alonso e Lance Stroll. Cowell reconheceu o problema e traçou um objetivo claro para as próximas temporadas, alcançar uma taxa de acerto de pelo menos 90% nas atualizações antes mesmo de serem testadas na pista.
“Definitivamente vencemos o ‘campeonato de atualizações’ em 2024, mas essas melhorias não entregaram o desempenho que todos esperavam. O que precisamos é garantir que nossas ferramentas e processos estejam alinhados para que possamos confiar que as atualizações funcionarão no circuito”, afirmou Cowell.
Ele destacou que, embora a pesquisa e o desenvolvimento naturalmente envolvam incertezas, a eficiência no novo campus tecnológico da equipe será fundamental para evitar problemas de desempenho. “Se conseguirmos uma taxa de sucesso de 20% nas pesquisas iniciais, já seria bom, mas esses testes precisam ocorrer no campus, e não na pista”, acrescentou.
A Aston Martin conta agora com o apoio de instalações avançadas, como um túnel de vento considerado o mais avançado da Fórmula 1, segundo Cowell. Ele destacou, no entanto, que o uso de ferramentas como CFD e simulações precisa ser acompanhado por correlação precisa entre os dados simulados e o desempenho real na pista.
“Temos ferramentas extremamente poderosas, mas elas são apenas simulações. Sempre haverá o risco de que os dados não correspondam completamente ao que encontramos na pista. Nosso objetivo é alcançar uma precisão de 90%, que é o nível mínimo necessário para ser uma equipe campeã mundial”, concluiu Cowell.
A Aston Martin também passou por mudanças internas antes da nova temporada. Mike Krack assumiu o cargo de diretor de operações de pista, enquanto Tom McCullough foi realocado para uma função ainda não especificada.
Com novos líderes, uma infraestrutura tecnológica de ponta e uma visão clara de desenvolvimento, a equipe busca consolidar-se como candidata ao título na F1 nos próximos anos.