Yuki Tsunoda segue em alta na RB, mas sua ascensão à Red Bull Racing parece cada vez mais distante. A permanência de Sergio Perez na equipe principal por mais duas temporadas, indica que a aposta da Red Bull continua sendo a experiência e estabilidade do mexicano.
Tsunoda, em sua quarta temporada na Fórmula 1, evoluiu consideravelmente desde sua estreia. O piloto japonês vem demonstrando consistência e superou folgadamente seu companheiro de equipe, Daniel Ricciardo em 2024, pelo menos até o momento. Vale lembrar que sua passagem pela Europa antes da F1 foi curta. Em 2019, Tsunoda estreou na Europa na Fórmula 3. Um ano depois, já foi colocado na F2 por Helmut Marko, e no ano seguinte foi promovido à AlphaTauri (atual RB).
Apesar do talento e da rápida evolução, Tsunoda enfrenta alguns entraves. Inicialmente, precisou aprender a controlar sua agressividade dentro e fora da pista, além de melhorar a comunicação via rádio. Embora tenha superado esses desafios, ainda não é visto como uma opção séria para a Red Bull.
É curioso notar que em 2022 Tsunoda chegou perto do desempenho de Pierre Gasly, piloto que precisou de apenas um ano e meio na AlphaTauri para ser promovido. Na última temporada, ele superou Nyck de Vries e Daniel Ricciardo, seus companheiros de equipe que serviam como referências.
Apesar dos resultados, a Red Bull demonstrou preferência por Perez, cujo desempenho não tem sido nada excepcional. Isso indica que a equipe não considera Tsunoda como uma opção viável para o time principal.
Helmut Marko, chefe de pilotos da Red Bull, chegou a elogiar a performance de Tsunoda. No entanto, sua influência parece ter diminuído em meio a disputas internas com Christian Horner. O chefe da equipe, apoiado pelo proprietário tailandês da Red Bull, vem tomando as decisões e vê maior potencial em Perez.
Horner defendeu Perez publicamente em diversas ocasiões e foi entusiasta de sua contratação, assim como do retorno de Ricciardo. Vale ressaltar que Tsunoda chegou à AlphaTauri com o aval da Honda, que encerrou o projeto de motores e agora será parceira da Aston Martin a partir de 2026.
Diante desse cenário, o futuro de Tsunoda se torna incerto. Uma opção seria a Aston Martin, que vai correr com motores Honda a partir de 2026, que certamente gostaria de ter um piloto japonês. No entanto, a presença de Lance Stroll (filho do proprietário da equipe, Lawrence Stroll) e o longo contrato de Fernando Alonso, tornam essa vaga praticamente indisponível.
Visando alternativas, dois times vêm sendo cogitados como possíveis destinos para Tsunoda: Audi (Sauber) e Haas. Na Audi, ele seria a terceira opção, atrás de pilotos como Carlos Sainz e Esteban Ocon. Contudo, garantiria uma vaga em uma equipe de fábrica a partir de 2026.
Caso a Audi escolha Ocon, a Haas poderia abrir uma porta para Tsunoda. A equipe norte-americana busca um piloto experiente, já que Nico Hulkenberg vai sair, indo justamente para a Sauber-Audi no próximo ano, e Kevin Magnussen também não parece ter seu futuro garantido.
Ambas equipes estão atualmente atrás da RB no campeonato de construtores, logo representariam um retrocesso para Tsunoda. Por outro lado, lhe dariam a chance de se tornar um piloto principal, assinar contratos longos e construir sua própria carreira fora da sombra da Red Bull. Exemplos como Alex Albon e Carlos Sainz mostram que esse caminho também pode ser bem-sucedido.
Resta saber qual será a decisão de Tsunoda. Continuar na RB esperando uma chance futura na Red Bull Racing, que parece cada vez mais distante, ou buscar novos ares para consolidar sua carreira na Fórmula 1?