F1: Desafios com os pneus e temperaturas baixas marcam treinos em Las Vegas

Lewis Hamilton liderou a sexta-feira de treinos livres em Las Vegas com um tempo de 1min33s825, superando Lando Norris por apenas 0s011. O britânico da Mercedes mostrou um ritmo consistente em um dia marcado por desafios causados pelas condições de baixa temperatura e pela sujeira da pista, algo comum em circuitos urbanos. George Russell, companheiro de Hamilton, completou o top 3, consolidando o desempenho sólido da Mercedes no início do fim de semana.

Uma questão central que dominou o dia foi o comportamento dos pneus, afetado pelas condições peculiares da pista. Os compostos utilizados foram os Médios e Macios, enquanto o Duro permaneceu nos boxes, indicando que as equipes planejam reservá-lo para a corrida. A Pirelli destacou que a granulação apareceu nos pneus dianteiros, especialmente nos compostos Macios e Médios, devido às temperaturas extremamente baixas e à falta de aderência. No entanto, essa granulação foi superficial e não teve impacto significativo no desgaste geral dos pneus.

Simone Berra, engenheiro-chefe da Pirelli, afirmou que equilibrar a configuração será crucial para lidar com as dificuldades causadas pelo frio. Ele também destacou que as retas longas, como a que antecede a curva 14, estão provocando quedas de temperatura de até 35 graus nos pneus dianteiros, um desafio adicional para os engenheiros e pilotos. Isso exige um cuidado especial para manter a temperatura ideal durante o trecho mais longo do circuito.

Apesar desses desafios, os tempos de volta foram consideravelmente melhores em relação ao ano passado. O tempo registrado por Hamilton foi 1s5 mais rápido do que o melhor de Charles Leclerc em 2023, uma indicação de que as equipes conseguiram aproveitar a evolução do circuito à medida que os carros acumulavam voltas e limpavam a pista.

Outro ponto importante foi a decisão estratégica de algumas equipes, como a Mercedes, de realizar stints mais longos com os pneus Macios, buscando entender melhor como eles se comportarão em ritmo de corrida. Esse conhecimento pode ser decisivo para determinar as estratégias de parada e o uso dos compostos ao longo do Grande Prêmio.

A Pirelli destacou que o composto Duro deve desempenhar um papel essencial na corrida, especialmente pela resistência que oferece em condições de baixa degradação. O equilíbrio entre manter os pneus aquecidos nas retas longas e garantir a aderência ideal nas curvas de baixa velocidade será determinante para o sucesso no fim de semana. As equipes têm mais uma chance de refinar suas configurações antes da classificação, e o comportamento dos pneus continuará sendo o centro das atenções.



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