A Hungria costuma (ou pelo menos costumava) ser território da Mercedes. A equipe conquistou a pole position nas últimas quatro edições do GP da Hungria de Fórmula 1, mas neste sábado a sorte parece ter mudado. George Russell saiu precocemente no Q1 e Lewis Hamilton avançou para o Q3 com muita dificuldade. O chefe da equipe, Toto Wolff, não escondeu sua insatisfação com o desempenho.
Nas duas últimas corridas na temporada 2024, a Mercedes dominou com vitórias de Russell e Hamilton, na Áustria e Inglaterra respectivamente. Na Hungria, onde a equipe já largou nove vezes na pole position, a expectativa era de continuidade, mas o cenário foi outro. Em entrevista à Sky Sports F1, Wolff não pareceu nada feliz ao comentar o desempenho irregular: “Foi uma sub performance total de literalmente todos os envolvidos. Perder um carro no Q1 é simplesmente inaceitável. Uma combinação piloto-equipe não deveria acontecer. No final, simplesmente não tivemos ritmo. Então, foi um dia muito, muito decepcionante.”
O circuito húngaro certamente favorece Hamilton e a Mercedes. O heptacampeão venceu oito vezes na Hungria, mais do que qualquer outro piloto na história da F1. No entanto, hoje a equipe não conseguiu garantir a pole position e Hamilton lutou para encontrar aderência, com as condições úmidas e quentes se mostrando um grande desafio. Ele vai largar em quinto na corrida de domingo. Wolff continuou: “O carro poderia estar dois décimos atrás, mas estávamos oscilando com a temperatura dos pneus. Foi difícil encontrar um meio termo para dar a ele um carro com aderência.”
As coisas também não correram bem para Russell, que conquistou a pole position em Silverstone. A falta de combustível no carro do britânico o impediu de marcar novos tempos e ele foi eliminado ainda no Q1. Ele largará na 17ª posição no domingo, atrás de Sergio Perez da Red Bull. Russell estava furioso após a desastrosa sessão. Embora inicialmente tenha assumido a responsabilidade, ele também questionou a decisão da equipe sobre o abastecimento. “Acho que ele deveria ter parado no primeiro turno, quando Lewis fez o P1. Em vez disso, provavelmente estava pegando leve demais. No segundo turno, definimos um plano de combustível para rápido, lento, rápido, e ele decidiu fazer três voltas rápidas. Mas no geral, acho que é 70% culpa da equipe por não ter abastecido para uma volta a mais”, concluiu Wolff.
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