A Aston Martin descarta repetir o grande salto de desempenho que protagonizou no início da temporada 2023 da Fórmula 1, mas o diretor de performance da equipe, Tom McCullough, acredita que o próximo ano trará uma disputa ainda mais acirrada e emocionante para a categoria.
Mesmo com o domínio da Red Bull e do título de Max Verstappen em 2023, McCullough enxerga sinais de que a performance das demais equipes está se aproximando. Um dos exemplos citados é a classificação para o GP de Abu Dhabi, onde oito equipes ocuparam as dez primeiras posições.
“Se você olhar para o fato de que havia oito equipes no top 10 e como a classificação foi apertada, isso é fenomenal, não é?”, afirmou McCullough. “Isso mostra que com regulamentos estáveis, há sempre um elemento de convergência.”
Além do grid mais disputado, McCullough prevê o aumento da importância da execução em pista, e a diminuição das margens de diferença entre os carros. Ele continuou: “Em 2024 todos estarão tentando obter aqueles 10-15-20 pontos a mais de downforce, porque isso te dá a vantagem na pista.”
O otimismo do diretor de performance da Aston Martin não é isolado. Zak Brown, CEO da McLaren, também espera uma F1 cada vez mais parecida com a competitiva IndyCar nos próximos anos.
Para a Aston Martin, a busca será consolidar sua posição entre as equipes top. Após um impressionante início em 2023, com seis pódios nas primeiras oito corridas (todos de Fernando Alonso), a equipe acabou perdendo terreno no decorrer do ano e terminou em quinto no campeonato de construtores.
McCullough descarta um salto similar em 2024: “Se fizessemos o mesmo salto agora, estaríamos bem à frente da Red Bull, o que não vai acontecer! O objetivo é ter um carro consistente, que permita brigar em qualquer pista sem grandes ajustes”, encerrou.
A equipe apresentará o seu AMR24 no dia 12 de fevereiro, em Silverstone. Com as expectativas altas e a previsível competitividade do grid da F1, a Aston Martin espera ser uma protagonista importante na disputa do título em 2024.