O diretor de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin, detalhou os fatores que levaram Lewis Hamilton e George Russell, reclamarem dos níveis de calor dentro de seus W15s. Durante o fim de semana do GP da Itália de Fórmula 1, especialmente na sexta-feira, ambos os pilotos foram ouvidos pelo rádio da equipe reclamando do calor dentro do cockpit.
Foi um final de semana com altas temperaturas na Itália, o que levou a preocupações com a forte degradação dos pneus. Evidentemente, isso também causou condições de pilotagem mais extremas para alguns pilotos, com a Mercedes aparentemente sendo a mais afetada.
“A causa mais significativa, foi que em Monza estava extremamente quente”, afirmou Shovlin. “O banco e o carro estão sempre funcionando muito quentes e há muito calor gerado pela unidade de potência, que sempre tentamos dissipar. Você também tem muitas caixas eletrônicas e elas estão funcionando e geram sua própria temperatura, então você está sempre tentando jogar isso para fora do cockpit.”
“Você também tem o carro descendo as retas em Monza em altas velocidades, e há alguns lugares onde o assoalho bate na pista e isso por si, só irá gerar temperatura por atrito que começará a subir através do assoalho do carro e para o banco do piloto. Com a temperatura ambiente em 34 graus Celsius, nada pode estar abaixo disso, você também tem várias fontes de calor e isso simplesmente aumenta a temperatura no cockpit, então fica muito difícil para eles se resfriarem e o calor simplesmente vai aumentando”, acrescentou.
Shovlin reconheceu a situação difícil em que a dupla de pilotos estava operando, ao mesmo tempo que destacou que é algo para o qual os pilotos treinam e se preparam, mas que a equipe e a F1 como um todo, estão sempre procurando maneiras de melhorar as condições no cockpit.
“Eles estão acostumados a pilotar nesses ambientes muito difíceis, é só que quando você tem as corridas mais quentes, é um pouco extremo e realmente os testa mais”, disse ele. “Eles fazem muito treinamento, fazem muito treinamento em temperaturas altas, mas o fato é que uma vez que o cockpit está ficando mais quente, se livrar desse calor é quase impossível.”
“Agora, estamos procurando maneiras pelas quais podemos melhorar a situação para nossos pilotos, dentro da categoria também estão procurando meios que podemos aplicar equipamentos adicionais ao carro nessas corridas excepcionalmente quentes, que manterão os pilotos um pouco mais frios, mas como eu disse, é um ambiente muito desafiador e é por isso que eles fazem tanto treinamento”, completou Shovlin.
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