Com um novo regulamento técnico implementado em 2022, algumas equipes, logo no primeiro contato com a pista, acabaram se deparando com os fenômenos de bouncing e porpoising – movimentos que não eram perceptíveis nas simulações de túnel de vento.
O problema principal se tratava dos pulos/quicadas que os carros davam violentamente no solo quando se encontravam em alta velocidade. A questão foi levada a outro patamar, o de segurança, quando os pilotos começaram a reclamar dos efeitos sentidos no cockpit.
Lewis Hamilton disse que teve “muito mais hematomas” e “dores de cabeça”, enquanto Pierre Gasly declarou que estava com medo de precisar usar uma “bengala” quando chegasse aos 30 anos, caso os saltos continuassem.
A FIA tomou medidas e durante o GP da Bélgica, aplicou uma nova diretriz técnica, a TD039, na qual media a força das acelerações verticais. De acordo com a regra, qualquer carro que excedesse o nível máximo permitido teria que fazer alterações no carro.
O diretor técnico da FIA, Nikolas Tombazis, em conversa com a revista alemã Auto Motor und Sport, declarou que muitas equipes não passaram no teste e precisaram fazer mudanças. “Tivemos alguns casos em que as equipes tiveram que melhorar após a primeira sessão de treinos”, informou Tombazis.
Para a próxima temporada, visando evitar os problemas de bouncing e porpoising, a FIA mudou o regulamento e prevê a elevação da borda do assoalho em 15mm. A medida foi discutida e aprovada pelas equipes em agosto deste ano.
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