O calendário da Fórmula 1 em 2023 estava programado para bater o recorde de etapas disputadas em uma temporada, com 24 corridas no total. Contudo, o GP da China, que ocorreria no 16 de abril, foi cancelado por conta da política “zero-Covid” no país, o que baixou o número para 23.
Agora, a contagem deve ser reduzida para 22 disputas após o cancelamento do GP da Emília-Romanha deste fim de semana em virtude das fortes chuvas e dos estragos na região.
Com o calendário apertado, o presidente da Fórmula 1, Stefano Domenicali, informou que será difícil encaixar a prova em outro momento. Em conversa com a mídia italiana, Domenicali comentou a respeito dos últimos acontecimentos e do desafio em cumprir os compromissos comerciais.
“Existem decisões difíceis, mas em certas situações elas devem ser tomadas. É lógico dar prioridade ao que está acontecendo. É uma situação difícil e a prioridade foi a segurança da população que está sofrendo”, explicou.
“Estamos próximos de quem sofre, também estamos iniciando uma campanha de arrecadação de fundos para a região em Faenza, onde fica a sede da AlphaTauri. Alguns dos caras que trabalham para a equipe perderam tudo. Em cooperação com as autoridades, ajudaremos em uma situação muito complicada.”
“Quando cheguei na noite de terça-feira, ficou claro que não havia outra alternativa. A complexidade de organizar um evento como um GP exige mão de obra, logística e instalações.”
“A pista estaria pronta para a ação, mas a prioridade era outra. Posto isto, informei todas as equipas e ninguém se opôs. Lamentamos pelos fãs e entusiastas de Ímola, vamos tentar encontrar uma solução.”
“Dado o calendário apertado em 2023, é difícil pensar que podemos compensar este ano, mas temos uma obrigação moral para com aqueles que trabalharam tanto e veremos.”
Um caminho seria a extensão do contrato por mais um ano, já que o acordo com o circuito acaba em 2025, uma corrida no ano seguinte poderia ser assegurada pela categoria.
“Com a extensão do contrato de Ímola para 2026, a data desta corrida poderá ser recuperada nessa temporada. É uma opção que está de pé”, afirmou o CEO da Fórmula 1.