O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, minimizou as preocupações sobre possíveis desequilíbrios de desempenho causados pelas mudanças de regulamento que serão implementadas em 2026. As novas regras prometem uma reformulação significativa nos carros e nas unidades de potência, mas Domenicali acredita que o grid alcançará um nível de competitividade mais alto ao longo do tempo.
“As mudanças regulatórias sempre geram diferenças iniciais. Isso é natural,” afirmou Domenicali em entrevista à Autosprint. Ele relembrou o impacto das alterações de 2022, quando os monopostos adotaram o efeito solo, resultando em domínio inicial da Red Bull Racing. “Em quatro anos, alcançamos uma convergência muito forte. Com as novas regras, o mesmo acontecerá.”
Para 2026 as alterações incluem carros mais curtos, estreitos e leves, além de aerodinâmica ajustável na dianteira e traseira. No campo das unidades de potência, o motor híbrido terá 50% da energia proveniente do componente elétrico, enquanto o motor a combustão funcionará com combustível 100% sustentável.
Domenicali destacou que, embora diferenças sejam esperadas no início do novo ciclo regulatório, a tendência é de maior equilíbrio com o passar dos anos. “Não estou preocupado. Precisamos olhar para o quadro geral, não para os detalhes. Essas mudanças são oportunidades para novos fabricantes entrarem e para que a Fórmula 1 continue como uma plataforma de desenvolvimento para o futuro”, concluiu o CEO da F1.
O histórico de alterações de regulamentos na categoria reforça a perspectiva de Domenicali. Em 2014, por exemplo, a introdução dos motores híbridos resultou no domínio da Mercedes, mas a concorrência foi se estreitando. Da mesma forma, ele acredita que a F1 seguirá um caminho de convergência técnica, garantindo a emoção nas pistas a longo prazo.