O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, deu a entender que o custo de entrada para novas equipes provavelmente vai aumentar além do nível atual.
Sob o presente acordo, qualquer nova equipe para entrar na F1 precisa pagar a chamada ‘taxa antidiluição’ de US$ 200 milhões, que é dividida entre as dez equipes atuais no grid.
A taxa é projetada para compensar as perdas potenciais que cada equipe terá quando uma equipe extra estiver levando uma parte do prêmio da F1.
Desde 2016, quando a extinta equipe Manor deixou a F1 devido a dificuldades financeiras, a categoria se mantém com dez equipes no grid.
No entanto, a F1 está em uma posição muito melhor, financeira e comercialmente, do que quando o valor de US$ 200 milhões foi acordado, e em fevereiro deste ano, a FIA lançou o processo de inscrição para permitir que novas equipes manifestassem interesse em ingressar no grid da F1. O resultado do processo está previsto para junho.
“O processo de ter outra equipe já foi lançado pela FIA”, disse Domenicali. “Em nossa governança, e no Pacto de Concórdia, existe a possibilidade de fazer isso.”
“Mas a avaliação tem que ser feita em conjunto, do ponto de vista técnico, do ponto de vista esportivo, da estabilidade financeira, e para avaliar o panorama geral, se um novo time vai agregar valor ao campeonato e à categoria”, disse o CEO da F1.
Domenicalli concorda com muitas equipes atuais da F1, que os tempos mudaram desde que a taxa de US$ 200 milhões foi acordada, com algumas equipes sugerindo que a taxa deveria ser triplicada para o futuro décimo primeiro participante.
Se um aumento na taxa de inscrição for acordado, isso poderá forçar a Andretti a reavaliar seus planos de entrar na F1 com a marca da General Motors-Cadillac.
“E volto a um ponto, que a chamada ‘taxa antidiluição’ foi estabelecida em US$ 200 milhões, apenas alguns anos atrás, porque naquela época ninguém esperava que o valor do negócio F1 subisse tanto”, disse Domenicali.
“Hoje a situação é totalmente diferente, com certeza. É nosso dever garantir que protegeremos o negócio da melhor maneira possível”, acrescentou.
Embora a proposta de entrada da Andretti-Cadillac tenha sido a de maior repercussão, Domenicali afirmou que há várias equipes em potencial que manifestaram interesse em ingressar no grid da F1.
“Hoje existem muitos que gostariam de vir”, disse ele. “Existem equipes que falam mais que outras, algumas são muito mais silenciosas, mas estão manifestando seu interesse.”
“Como sempre na vida, alguém tem que fazer essa avaliação e nós fazemos parte desse processo, e vamos fazer a coisa certa no momento apropriado ao longo deste ano”, encerrou Domenicali.