A Red Bull Racing lidera o campeonato de construtores e o de pilotos (com Max Verstappen) na temporada 2024 da Fórmula 1, mas essa liderança está longe de estar garantida. Após 14 corridas disputadas este ano, a equipe soma 408 pontos no campeonato de construtores, 42 a frente da McLaren, enquanto Max Verstappen lidera o campeonato de pilotos com 277 pontos, 78 a mais que Lando Norris.
Restando dez etapas para o final da temporada, a Red Bull não pode se dar ao luxo de relaxar. Depois de um ano dominante em 2023, onde venceu quase todas as corridas, o cenário mudou completamente em 2024.
Inicialmente, as vitórias no Bahrein, Arábia Saudita e Japão, davam a impressão de que seria mais um passeio fácil para a Red Bull em 2024. Mas a realidade é bem diferente este ano, mostrando que a competição está acirrada.
Além disso, Verstappen não vence há quatro corridas e sequer conseguiu um pódio nas duas últimas etapas, algo inédito para o holandês nos últimos cinco anos.
Felizmente para ele, a briga pelo título de pilotos ainda está aberta, já que seus principais adversários estão se revezando nas vitórias. “Acho que a situação mudou um pouco”, disse Verstappen. “A McLaren está constantemente muito rápida. A Mercedes também, mas não em todas as pistas. E do nosso lado, temos um pouco de trabalho a fazer, nós sabemos disso. Precisamos analisar algumas coisas para o restante da temporada.”
Apesar da liderança confortável de Verstappen, o campeonato de construtores é uma incógnita para a Red Bull. Sergio Perez, companheiro de equipe de Verstappen, vive um momento decepcionante. O mexicano marcou apenas 28 pontos nas últimas oito corridas, o que permitiu à McLaren se aproximar da Red Bull na classificação.
O mau desempenho de Perez gerou rumores de sua substituição por Daniel Ricciardo durante as férias da categoria. O chefe da Red Bull, Christian Horner, afirmou: “Acho que Checo (Perez) está ciente de que precisamos dos dois carros performando bem, como tínhamos no início do ano. É para isso que precisamos voltar.”
Verstappen acredita que a Red Bull tem problemas que vão além do piloto mexicano: “Precisamos nos concentrar no desempenho do carro, que tem sido um pouco complicado às vezes. Então, acho que não é totalmente justo dizer que a culpa é de Sergio. Até para mim, os últimos finais de semana têm sido muito difíceis para tirar o melhor proveito do carro, e a equipe sabe disso”, acrescentou.
Uma coisa é certa: a Red Bull não tem a mesma vantagem do ano passado. O diretor técnico da equipe, Pierre Waché, confirmou isso: “Sem dúvida, melhoramos o carro em relação ao ano passado, embora em algumas áreas não tenhamos entregue o que esperávamos. Especialmente nas curvas rápidas, esperávamos algo mais do que temos agora”, disse ele.
A Red Bull precisa mais do carro e de Perez nas dez rodadas restantes da temporada 2024, se quiser manter os dois títulos. Além disso, a saída de funcionários importantes, como o diretor técnico Adrian Newey e o diretor esportivo Jonathan Wheatley, não garante o sucesso futuro. Com equipes rivais brigando pela vitória, o domínio da Red Bull pode estar chegando ao fim.